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Após descarrilamento, concessionária de trens demite funcionário no Rio

Um homem chegou a cair de um trem superlotado na manhã desta sexta, segundo informação da SuperVia - Ale Silva/Futura Press
Um homem chegou a cair de um trem superlotado na manhã desta sexta, segundo informação da SuperVia Imagem: Ale Silva/Futura Press

Do UOL, no Rio

12/04/2013 13h24Atualizada em 12/04/2013 14h15

A SuperVia, concessionária que administra o transporte ferroviário no Rio de Janeiro, informou que o profissional responsável pela manutenção da via onde um trem descarrilou quando seguia da Central do Brasil em direção a Santa Cruz, na zona oeste da cidade, na noite de quinta-feira (11), foi demitido.

O descarrilamento provocou superlotação e atrasos em toda a rede até o final da manhã desta sexta-feira, e resultou na queda de um passageiro de um trem superlotado em movimento após tentar impedir o fechamento de uma porta para conseguir embarcar, entre as estações Vila Militar e Deodoro, no ramal Santa Cruz.

Segundo a concessionária, houve uma falha no procedimento de manutenção. A empresa ainda informa que realiza um diagnóstico sobre os mais de 450 aparelhos que possibilitam a mudança de via dos trens e que novos equipamentos serão adquiridos ainda neste ano.

A SuperVia informa ainda, em nota, que “encontrou equipamentos sucateados” quando assumiu a gestão do transporte ferroviário do Rio, há dois anos, e que desde então estabeleceu em parceria com o governo do Estado um plano de investimentos de R$ 2,4 bilhões para revitalizar a infraestrutura das linhas, inaugurar um centro de controle operacional e adquirir novos trens.

"Até o momento, 30 novas composições já estão em circulação e este número subirá para 110 até 2014", afirma nota da concessionária. "Ainda em 2013, um novo sistema de sinalização entrará em operação em todos os cinco ramais, auxiliando na diminuição dos intervalos entre os trens, e a empresa iniciará a troca de 600 mil dormentes de madeira por dormentes de concreto, o que totalizará uma média de 100 mil novos dormentes por ano."

A empresa ressalta que entregará os laudos técnicos sobre o acidente à Agetransp (Agência Reguladora de Transportes do Estado) antes do prazo máximo de 30 dias. “A SuperVia lamenta os incidentes causados recentemente e reforça que a segurança dos passageiros é um valor inegociável para a empresa”, diz a nota.