Topo

Acusados da morte de casal na Serra do Cipó (MG) são indiciados pela polícia de MG

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

22/01/2014 11h50Atualizada em 22/01/2014 11h50

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), estupro e ocultação de cadáver os dois homens acusados de terem assassinado a tiros um casal de advogados, na Serra do Cipó, região turística a 100 km de Belo Horizonte. O crime ocorreu no dia 3 deste mês. 

De acordo com a assessoria da polícia, o delegado responsável pelo caso, Thiago Saraiva, ainda pediu a transformação da prisão temporária para preventiva de Helton Moreira de Castro, 19, e de Marcos Magno Peixoto Faria, 25.

O policial ainda informou que as investigações agora vão ser concentradas na tentativa de verificar a participação de mais pessoas no crime. Caso isso fique comprovado, o delegado afirmou que pedirá a abertura de um inquérito complementar.

Estupro

Durante a apresentação dos suspeitos das mortes à imprensa, feita no dia 9 de janeiro, um dos suspeitos havia confessado aos jornalistas ter ainda estuprado a mulher, sendo que os dois teriam admitido a autoria das mortes à polícia.

Helton Castro ainda acusou o comparsa Marcos Faria, que tem deficiência auditiva, de também ter violentado a advogada, e apontou Farias como sendo autor dos disparos que mataram as vítimas.

A polícia informou ter recolhido à época material do corpo da mulher para confirmar tecnicamente a versão apresentada por eles sobre o estupro.

Segundo o delegado Thiago Saraiva, a intenção da dupla seria a de vender o carro do advogado, uma caminhonete de luxo. Mas eles apenas levaram R$ 170 e os celulares do casal. Posteriormente, o veículo foi incendiado pelos acusados, conforme a polícia.

O chefe do DHPP (Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegado Wagner Pinto, afirmou que os depoimentos dados pelos dois sobre a autoria dos disparos foram conflitantes.

Conforme o policial, um acusava o outro pela morte do casal de namorados. Ele ainda disse que o advogado pode ter reagido durante a ação dos criminosos por causa de um ferimento em um dos braços dele.

O UOL não conseguiu encontrar os advogados dos acusados.

Entenda o caso

O casal de namorados se hospedou no dia 2 de janeiro em uma das várias pousadas existentes na região e, segundo os responsáveis pelo local, saiu de carro para um passeio na região, no final da tarde da sexta-feira (3).

Conforme a investigação, eles foram abordados pela dupla quando estavam fora do carro em um mirante existente na região. Os dois suspeitos teriam chegado ao local em uma moto. As vítimas foram levadas para as proximidades do rio Santo Antônio, onde teriam sido assassinadas, sendo os corpos atirados na água e somente localizados no dia 8.

Em seguida, os suspeitos tentaram fugir com o carro, mas um sistema antifurto impossibilitou o funcionamento da caminhonete. Conforme a investigação, os dois foram embora, mas retornaram no dia seguinte e resolveram atear fogo no veículo, que foi localizado no dia 6 deste mês. A dupla foi presa no dia seguinte.

Os corpos das vítimas foram enterrados em cemitérios distintos de Belo Horizonte, no último dia 11.