"Ficou toda torta", diz filha de mulher arrastada por carro da PM no Rio
Thaís Lima, uma das filhas de Cláudia Ferreira da Silva, que foi arrastada por um carro da Polícia Militar durante suposta tentativa de resgate, no domingo (16), na zona norte do Rio de Janeiro, afirmou nesta terça-feira (18) que os policiais colocaram o corpo da mãe no porta-malas do veículo "de qualquer jeito", e que vítima ficara "toda torta lá dentro".
Cláudia morreu após ser baleada durante operação da PM no morro da Congonha, em Madureira. Na versão da polícia, a moradora ainda foi levada a um hospital da rede pública, porém não resistiu aos ferimentos.
No trajeto para o hospital, o porta-malas abriu e o corpo da vítima caiu no asfalto, ficando preso ao veículo pela roupa. A mulher foi arrastada por cerca de 250 metros.
"Foi só virar a esquina e ela deu de frente com eles. Eles [os policiais] deram dois tiros nela, um no peito, que atravessou, e o outro, não sei se foi na cabeça ou no pescoço, que falaram. E caiu no chão. (...) "Um pegou ela pela calça e outro pela perna e jogou dentro da Blazer, lá dentro, de qualquer jeito. Ficou toda torta lá dentro", disse Thaís, em entrevista à "TV Globo".
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Luis Castro Menezes, também em entrevista à "TV Globo", afirmou ser "uma cena muito chocante" a imagem que mostra o momento no qual Cláudia foi arrastada pelo carro da PM.
"Para nós também é uma cena muito chocante. Nós somos solidários a família da senhora Cláudia, também ficamos consternados ao assistir aquela cena”, afirmou Menezes.
Para o oficial, os policiais que participaram da ocorrência não realizaram o procedimento correto na suposta tentativa de resgatar a vítima.
"Eles deveriam ter colocado ela no banco traseiro, de forma que pudessem confortá-la melhor e até prestar os primeiros socorros até a chegada daquela viatura em um hospital”, disse ele. “Vamos abrir um procedimento apuratório para investigar como se deu esta ocorrência desde o início até o final e possivelmente também serão submetidos a conselho de disciplina, onde nós vamos decidir pela permanência ou não no quadro da corporação”, completou.
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