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Com treze ataques, SC registra segunda noite mais violenta

Renan Antunes de Oliveira

Do UOL, em Florianópolis

03/10/2014 12h10

Com 13 ataques entre a noite de quinta e o amanhecer desta sexta-feira (3), a Polícia Militar (PM) de Santa Catarina registrou a segunda maior série de incidentes desde o início da terceira onda de violência no Estado, na sexta (26). Já são 26 cidades afetadas pelas ações atribuídas pelo governo à facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC). A noite mais violenta foi a do dia 2, com 15 ataques. 

Em uma semana, o número de ataques chegou a 68 e já superou os registrados na primeira onda de violência, em novembro de 2012. A polícia prendeu 34 adultos e apreendeu nove menores até agora.

Florianópolis, com 12 incidentes, ainda é a mais visada pelos criminosos, sendo que a capital, Chapecó, Criciúma, Blumenau e Joinville estão com transporte coletivo tumultuado e funcionando com escolta policial.

Nesta noite, os principais alvos foram casas de policiais e postos, com tiros ou bombas incendiárias. Não houve feridos. Ônibus foram atacados em Joaçaba e Chapecó.

Em Palhoça, na Grande Floripa, a casa vazia de um PM, que estava em serviço durante a noite, foi alvejada com seis tiros. Em Biguaçu, criminosos jogaram uma coquetel molotov na casa dos pais de um soldado, possivelmente por engano.

Em Joinville (190 km de Floripa), atiraram em uma delegacia.

Tubarão e Araranguá, no sul do Estado, também entraram para a lista de cidades atingidas.

Com a proximidade das eleições no domingo (5), o governo federal deslocou agentes da Policia Rodoviária Federal  (PRF) do Rio Grande do Sul para auxiliar no combate à criminalidade em Santa Catarina. As policiais Civil e Militar convocaram todos os seus agentes em férias ou licença para trabalhar neste fim de semana e na crise.

Todos os ataques estão sendo creditados ao PGC, depois que as autoridades reconheceram que a facção, que se acreditava contida, voltou a comandar ataques nas ruas idênticos aos das ondas de 2012 e 2013.

A Secretaria de Justiça prepara a remoção de cerca de 10 novos líderes de facção para presídios federais fora de Santa Catarina, tentando cortar os laços deles com os comparsas nas ruas.