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Homem posta foto "nem polícia localiza" e é preso escondido em casa de cachorro

Rodrigo Moura, 39, era procurado pela polícia por liderar organização criminosa - Divulgação/Polícia Civil
Rodrigo Moura, 39, era procurado pela polícia por liderar organização criminosa Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Wanderley Preite Sobrinho

Colaboração para o UOL

20/01/2018 11h14

Rodrigo Rezende de Moura, 39, era procurado pela polícia suspeito de liderar uma organização criminosa especializada em roubos, furtos e recepção de combustíveis. No dia 10 de janeiro, quando sua quadrilha foi desmantelada pela Polícia Civil de Goiânia, ele compartilhou em uma rede social uma selfie na praia com a frase: “Nem a polícia localiza”.

O homem acabou preso depois de localizado na manhã desta sexta-feira (19), escondido em uma casa para cachorro.

Ao UOL, a Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) informou que Moura não ofereceu resistência à prisão assim que encontrado dentro da casinha de cachorro no quintal de uma residência no Jardim Novo Mundo, em Goiânia.

De acordo com o delegado Alexandre Bruno, Moura de fato estava no litoral quando postou a foto. “Vimos aquilo como uma afronta ao trabalho da polícia.” As buscas, então, foram intensificadas, já que a operação Líquido Dourado, deflagrada naquele 10 de janeiro, já havia prendido 12 pessoas, incluindo outro cabeça do esquema, o dono de postos de combustíveis José Leonardo Borges.

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A polícia iniciou as investigações no ano passado em razão do alto número de ocorrências envolvendo esse tipo de crime. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) estranhou a coincidência envolvendo 51 casos de roubo a carretas carregadas de combustíveis.

Os motoristas responsáveis por transportar gasolina, etanol e diesel estacionavam os caminhões, transferiam o produto para outro veículo e depois registravam Boletim de Ocorrência como se tivessem passado por um assalto na rodovia.

Por um tempo, o esquema rendeu muito dinheiro aos envolvidos. Apenas Borges, o dono de postos, acumula patrimônio de R$ 3,5 milhões. “O prejuízo total calculado é da ordem de R$ 22 milhões.”