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Polícia faz hoje acareação entre delator e suspeito de mandar matar Marielle

Reprodução/Instagram/marielle_franco
Imagem: Reprodução/Instagram/marielle_franco

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

03/08/2018 09h47Atualizada em 03/08/2018 11h11

A pedido da Polícia Civil, a Justiça do Rio colocará, nesta sexta-feira (3), Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, diante do policial que o apontou como sendo um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março no Rio.

A acareação será feita por meio de videoconferência às 13h — Orlando da Curicica está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O delator é um PM que apontou Curicica e o vereador Marcello Siciliano (PHS) como mandantes dos assassinatos, segundo reportagem do jornal “O Globo”. O PM não teve a identidade revelada.

A testemunha está sob proteção da Polícia Civil do Rio e está sendo mantida em lugar seguro desde maio, mês em que o depoimento foi publicado pelo jornal.

O depoimento via videoconferência já estava previsto no processo que investiga o envolvimento de Orlando no homicídio de Wagner Raphael de Souza, o Dádi. O crime ocorreu em junho de 2015, quando Dádi alugou um terreno para instalar um circo sem pedir autorização à milícia supostamente comandada por Orlando.

Ao tomar conhecimento da videoconferência, a DH (Divisão de Homicídios), que investiga o caso Marielle e Anderson, solicitou ao juiz Alexandre Abrahão que Orlando também fosse ouvido diante do PM.

Procurada pela reportagem, a assessoria de Siciliano ainda não se manifestou. A defesa de Orlando também não foi localizada. Ambos já negaram envolvimento com o crime.

A partir da investigação de outros crimes, a polícia está fechando o cerco sobre os possíveis envolvidos com o grupo de Orlando da Curicica. No final do mês passado, dois investigados no caso Marielle foram presos por suspeita de outros crimes.

No dia 26 de julho, a Justiça também expediu mandados de prisão contra Curicica, William da Silva Sant’Anna, Guilherme Anderson Oliveira Christensen e Renato Nascimento dos Santos. Todos eles foram acusados pela morte de Rafael Freitas Pacheco Silva e pela tentativa de homicídio de Raquel Ferreira da Costa, após efetuarem vários tiros contra as vítimas, em novembro de 2015, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.