Defesa de marido pede suspensão de processo que o acusa de ter matado advogada no PR
A defesa de Luis Felipe Manvailer protocolou junto ao Ministério Público na noite desta quinta-feira (16) um pedido de suspensão temporária do processo que o acusa de ter matado a mulher dele, a advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava, no Paraná, no dia 22 de julho.
O principal ponto questionado pelos advogados na petição seria uma imprecisão da denúncia. Para a defesa, a "acusação ainda não está minimamente delimitada" e, sendo assim, os promotores e a polícia acusaram Manvailer antes mesmo de saberem exatamente a causa da morte de Tatiane.
O laudo da necropsia do corpo ainda não foi entregue. Desta forma, ainda não foi possível precisar se a vítima morreu por asfixia, ainda dentro do apartamento, ou após a queda da sacada do quarto andar. Ao UOL, a defesa da família Spitzner afirmou que a expectativa é que a autópsia seja entregue ainda no mês de agosto.
De acordo com os advogados de Manvailer, "toda a construção da acusação é feita em hipóteses, opiniões, especulações de possibilidades, mas, em momento algum, em uma base pericial, científica e forense".
A defesa argumenta que o laudo da perícia apontou hematomas e fratura óssea no pescoço de Tatiane, sendo essas lesões características de esganadura. No entanto, segundo os advogados, na certidão de óbito da advogada, a morte teria sido causada pelos politraumatismos decorrentes da queda de mais de 20 metros.
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"A defesa técnica de Luis Felipe Manvailer aguarda pela suspensão do processo, para que se possa aguardar a conclusão das perícias e então, com os referidos resultados apontados pela ciência forense, se possa retomar o processo de maneira organizada e estruturada a promover a justiça", afirmaram os advogados por meio de nota.
Gustavo Scandelari, o advogado da família da Tatiane Sspitzner, classificou o pedido de suspensão do processo como "totalmente desnecessário". "A defesa do réu, assim como toda a sociedade, tem pleno conhecimento de qual é a acusação que pesa contra ele: tê-la agredido brutalmente durante longo período e, depois, tê-la jogado pela sacada, causando a sua morte", continuou.
"Além disso, para quem nega a acusação, alegando que ela cometido suicídio, é irrelevante o conteúdo do laudo do IML, pois ele continuará dizendo que houve suicídio, a menos que decida confessar. O acusado que está preso e que se diz inocente deveria ter interesse em um processo célere e não em suspensão do processo", completou Scandelari.
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