Prefeitura de SP diz que viaduto estabilizou; e CPTM volta a funcionar
A Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) da CPTM, que tinha um trecho bloqueado devido ao rompimento de um viaduto na zona oeste de São Paulo, voltou a funcionar na tarde deste domingo (18).
O trecho entre as estações Pinheiros e Ceasa estava fechado desde sexta-feira (16) e teve a circulação liberada pelas equipes que trabalham na restauração do viaduto após testes feitos durante a manhã. Neste pedaço, os trens circulam com velocidade reduzida, além de intervalos mais longos, de até 25 minutos, que, de acordo com a CPTM, já estavam previstos por conta de outras obras na via.
Havia riscos de a movimentação dos trens, que passam ao lado do viaduto danificado, causar tremores e abalar ainda mais a estrutura, mas, segundo o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, Vitor Aly, a estrutura está estabilizada e diminuíram os riscos de desabamento.
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"Hoje nós concluímos 120 metros de escoramento, o que possibilitou fazer os testes com vagões vazios e verificar as oscilações. Com isso, estamos liberando o transporte com passageiros desde já, de maneira monitorada", afirmou o secretário, que fez vistoria no local no fim da manhã.
Segundo ele, os trens, que costumam ter uma velocidade média de 60 quilômetros por hora, poderão circular a uma velocidade máxima de 20 quilômetros por hora neste trecho. Radares foram instalados ao longo dos trilhos para fiscalizar o limite.
Não há previsão, porém, para a retomada da velocidade normal. "É ainda muito prematuro dizer. Ela [a circulação dos trens] será permanentemente monitorada", disse o secretário.
O viaduto, localizado na Marginal Pinheiros, na alça de acesso à rodovia Castelo Branco, cedeu em parte de sua estrutura na madrugada de quinta-feira (15). O desnível chegou a 2 metros.
Além da interrupção em parte da linha da CPTM, também foi fechado um trecho de quase 20 quilômetros da pista expressa da marginal, ainda sem abertura prevista. A via está interditada no sentido da rodovia Castelo Branco desde a ponte Transamérica, na zona sul da cidade, até a ponte do Jaguaré, na altura do parque Villa Lobos.
Risco diminuído de desabamento
Aly afirmou que, após os testes realizados nesta manhã, a segurança tanto do viaduto quanto dos passageiros está garantida com a volta da circulação dos trens.
“É importante termos em mente a segurança, primeiro das pessoas que estão trabalhando aqui e, em segundo, da população. Não liberamos o transporte [dos trens] quando não tínhamos certeza disso. Agora, com as movimentações dentro do esperado, e de maneira controlada, nós liberamos”, afirmou.
Na sexta-feira (16), foram detectadas novas movimentações dos blocos de concreto e a prefeitura chegou a anunciar que havia risco de desabamento total do viaduto.
Desde o incidente, porém, as equipes da prefeitura vêm trabalhando para conter o rompimento. Estruturas de escoramento foram construídas sob a pista, o que ajudou a dar sustentação à base e a reduzir o risco de desabamento.
Foi também por conta das estruturas de apoio que, neste domingo, foi possível liberar as primeiras movimentações dos trens à beira do viaduto para testes. Unidades vazias e com velocidade reduzida passaram sob a ponte para que as medições fossem feitas.
Segundo Aly, o viaduto voltou a ceder alguns milímetros neste domingo, mas dentro da normalidade. “A estrutura está estável. Ela continua tendo variações, o que é normal e está dentro do esperado”, disse. Isso acontece por conta das variações de temperatura, que muda bastante entre o dia e a noite. “A estrutura de uma ponte não é rígida. Ela precisa se movimentar, se não vai à ruína. É o inverso”, afirmou.
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