Secretaria de Meio Ambiente suspende atividades da Vale em Brumadinho (MG)
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais determinou a "suspensão imediata" de todas as atividades da Vale em Brumadinho (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, a cerca de 60 km da capital. A decisão foi tomada em reunião extraordinária no fim da noite desta sexta-feira (25), na sede do órgão, na capital do estado.
A determinação contra a Vale ocorre cerca de 12 horas após o rompimento da barragem da Mina do Feijão, que derramou de cerca de 3 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro. Cerca de 300 pessoas estão desaparecidas e nove mortes já foram confirmadas oficialmente até o momento. Procurada, a Vale afirmou que não irá comentar a decisão.
O órgão ainda responsabilizou oficialmente a ANM (Agência Nacional de Mineração) pela fiscalização da segurança da barragem da Vale e determinou a abertura de um canal onde o acúmulo de sedimentos interrompeu o fluxo natural do rio Paraopeba. Também foi determinado o rebaixamento do nível do reservatório de outra barragem no local.
"Ainda conforme a lei, a responsabilidade pela operação adequada das estruturas é do empreendedor", diz o órgão.
No período da tarde, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que a prioridade do governo estadual era impedir o rompimento de outra barragem do complexo de mineração da Vale em Brumadinho.
Retirada de rejeitos e fiscalização
O órgão explicou ainda no comunicado que a barragem que se rompeu operava desde meados dos anos 1970 e estava licenciada. Desde 2015, porém, a barragem não recebia mais rejeitos.
O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse em coletiva na tarde de sexta (25) que em, 26 de setembro de 2018, a estabilidade da barragem na Mina Feijão foi atestada em auditoria da empresa alemã Tüv Süd e que uma leitura dos monitores feita no último dia 10 não mostrou irregularidades.
Também disse que o rejeito era composto de sílica e que a capacidade da barragem era de 12 milhões de metros cúbicos.
Em dezembro de 2018, a empresa solicitou licença ambiental para desativar a estrutura, aprovada pelo Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.