Empresária agredida é visitada por filho e deve depor após recuperação
Resumo da notícia
- Delegada espera liberação da família para ouvir Elaine
- Empresária viu ontem o filho, que mora em Londres, pela 1ª vez após ser agredida
- "Guerreira", postou Rayron Gracie, que é lutador de jiu-jítsu
A Polícia Civil do Rio aguarda a melhora clínica da paisagista e empresária Elaine Caparróz, para ouvi-la em depoimento sobre o episódio de agressão que ocorreu neste final de semana, no apartamento da empresária na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Segundo a delegada Adriana Belém, responsável pelo caso, a polícia aguarda a recuperação da vítima.
"Estamos aguardando um 'ok' da família dizendo se já há condições da Elaine prestar depoimento. Estou tentando também fazer com que os pais do Vinícius [agressor] deem depoimento. Eles foram intimados, mas não compareceram. Queria ouví-los para fazer um perfil do agressor, mas os pais não têm obrigação de dar essas informações, pois não estão envolvidos no caso", explicou a delegada ao UOL na manhã de hoje.
Ontem, o filho da empresária, o lutador de jiu-jítsu Rayron Gracie, que mora em Londres, visitou a mãe no hospital Casa Portugal, na zona norte da cidade, e postou uma foto dos dois abraçados na cama do hospital.
No post, o atleta escreveu: "Guerreira". No domingo, Rayron, que é filho do lutador Ryan Gracie, que morreu em 2007 em São Paulo, já tinha feito uma publicação com uma declaração de amor: "Te amo mãe".
No Stories do Instagram, o lutador agradeceu as mensagens recebidas. "Muito obrigado a todos pelo carinho. Ela fica muito feliz com as cartas que estão sendo enviadas para o hospital Casa de Portugal. Agradeço a todos", disse.
Em entrevista à TV Record, a ex-comentarista da Globo Kyra Gracie, primo de Rayron, destacou que o conhecimento das técnicas de jiu-jítsu ajudou a salvar Elaine.
Se ela não soubesse se defender com os golpes de jiu-jítsu que ela aprendeu, sem dúvida, hoje ela não estaria aqui
Kyra Gracie, pentacampeã mundial de jiu-jítsu
Em vídeo obtido pelo UOL, Elaine explicou que colocou os braços para se defender de Vinícius, quando ele tentou aplicar um mata-leão (golpe em que a pessoa tenta a imobilização dando uma "gravata" no pescoço). "Ele tentou me dar um mata-leão, foi quando coloquei as mãos assim para não deixar ele concluir e ele me mordeu. Me deu umas dentadas absurdas. Comecei a gritar socorro, socorro", disse a empresária.
Kyra é pentacampeã mundial de jiu-jítsu e afirmou que o seu relacionamento com Elaine era próximo. "A minha convivência com a Elaine sempre foi muito próxima. Ele (Vinícius Serra) é um homicida, uma pessoa que faz isso, não tem dó, é uma questão humana", desabafou a atleta, casada com o ator Malvino Salvador.
Estado de saúde
O hospital Casa de Portugal divulgou boletim médico na manhã de hoje informando que Elaine "apresenta boa evolução clínica e laboratorial". Segundo o hospital, ela "encontra-se estável e segue em observação". Ainda não há previsão de alta.
Ontem, o irmão dela, Rogério Caparroz, disse que as sequelas neurológicas foram descartadas. "Agora é a parte estética e também o lado psicológico. Ela está muito abalada, às vezes diz frases desconexas e tem momentos de pânico", disse. Elaine teve fraturas múltiplas no rosto, contusão no pulmão e chegou a apresentar quadro de insuficiência renal.
Relembre o caso
A empresária foi agredida dentro do seu imóvel na Barra da Tijuca, após marcar um jantar com Vinícius Serra, 27, que conheceu pela internet. Os dois trocaram mensagens por oito meses antes de marcar o primeiro encontro.
A empresária contou que os dois jantaram e que depois ele pediu para dormir na casa dela. "Eu acordei com ele esmurrando a minha cara", contou a empresária. A vítima foi agredida durante quatro horas. Ela gritou por ajuda. Funcionários do prédio acionaram à polícia e impediram que o agressor deixasse o condomínio.
Vinícius foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio. Ele está detido no Complexo Prisional de Benfica, na zona norte, e deve responder por tentativa de feminicídio, cuja pena é do mínimo quatro anos de prisão.
De acordo com a polícia, em 2016 Vinícius agrediu o irmão deficiente e o pai, segundo boletim de ocorrência.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.