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PF apreende em SP meia tonelada de cocaína em helicóptero usado pelo PCC

Luís Adorno e Stella Borges

Do UOL, em São Paulo

13/04/2019 15h48Atualizada em 13/04/2019 17h13

Resumo da notícia

  • Helicóptero com meia tonelada de cocaína fazia rota Paraguai-Brasil a serviço do PCC
  • Policiais acompanharam movimentação por um ano até conseguirem o flagrante hoje
  • Promotores apontam enfraquecimento da facção após transferências de líderes

A PF (Polícia Federal) apreendeu na manhã de hoje um helicóptero avaliado em R$ 4 milhões carregado com meia tonelada de cocaína em Presidente Prudente (SP). Investigadores afirmaram ao UOL que a aeronave era utilizada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) para importar drogas do Paraguai.

A viagem entre o país vizinho e o interior de São Paulo de helicóptero é uma das principais rotas de entrada de drogas no Brasil. As outras duas são pela Amazônia e pela fronteira com a Bolívia. Ao entrar no país, a droga costuma ser redistribuída para as capitais e enviadas a portos. De lá, a droga é enviada para a Europa e África.

A operação de hoje, feita pela PF, foi caracterizada por investigadores como de inteligência. Os policiais analisaram por meses a rotina dos criminosos até conseguirem fazer o flagrante de hoje. Duas pessoas foram presas. Policiais ainda faziam buscas por outros suspeitos na região durante a tarde.

Por meio de nota, a PF informou que a operação, batizada de Flying Low (voando baixo, em inglês), foi deflagrada para combater uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas por meio aéreo. No caso, o PCC. As investigações duraram cerca de um ano, segundo a instituição.

Ainda segundo a PF, como a aeronave não tem autonomia para fazer o percurso até a cidade de São Paulo, os traficantes costumavam fazer uma parada para reabastecimento em um matagal localizado na região de Presidente Prudente, na região oeste do estado. Foi lá que eles foram interceptados.

Na mesma ação, também foram apreendidos uma arma, carros e dinheiro em espécie. Membros do Ministério Público paulista acompanham, em paralelo, a rota utilizada pelo PCC em São Paulo.

Integrantes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), no entanto, afirmam que, com a transferência e isolamento da cúpula do PCC em presídios federais, a facção criminosa está menos organizada, o que teria impacto negativo no comércio de drogas do grupo.

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