Hospital cobra R$ 39 mil de João de Deus e diz que saúde dele preocupa
O hospital em que o médium João de Deus está internado em Goiânia quer que ele pague cerca de R$ 39 mil. Em manifestação ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Instituto de Neurologia de Goiânia quer que o ministro Nefi Cordeiro, que autorizou a internação, determine que o médium faça o pagamento.
O hospital também aproveitou o documento para relatar que João Teixeira de Faria, nome do médium, tem "piora clínica significativa". "O que tem nos deixado muito preocupados com sua evolução", escreveram os médicos.
João de Deus --acusado de crimes sexuais-- deixou o Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia (GO) no final de março para ficar internado na capital do estado. Cordeiro autorizou a saída dele em razão do estado de saúde do preso.
Exigências
Segundo o hospital, os cerca de R$ 39 mil são referentes ao fato de a administração do presídio onde João de Deus estava ter exigido que ele ficasse em um quarto isolado. A defesa do médium, porém, exigiu que o quarto dele fosse de nível superior, o que gerou um custo extra de R$ 8.280 pelo período entre 23 de março e 2 de maio.
Outra determinação é a de que o quarto ao lado do que está o médium fique vazio, sendo utilizado como ponto de apoio para agentes de segurança. Por este ponto, o hospital cobra R$ 26 mil pelo mesmo período.
Também há a cobrança de R$ 3.680 por um pacote diário de dois desjejuns, dois almoços, dois lanches e dois jantares.
Um valor não coberto pelo plano de saúde ainda é cobrado pelo hospital. São R$ 905,42 por um tipo de alimentação específica.
"Nenhuma das despesas supracitadas foi adimplida até o presente momento", disse o hospital ao STJ, pedindo que o médium ou seus responsáveis arquem com esses custos. Não há prazo para o ministro se manifestar a respeito do tema.
Preocupação com a saúde
O hospital justifica a análise sobre a piora no estado de saúde de João de Deus apontando que ele "não tem se alimentado adequadamente nas últimas quatro semanas". "O que levou a uma perda considerável e visível de peso", disseram os médicos Alberto Las Casas Jr. e Léo de Sousa Machado.
A piora no estado de saúde foi motivo para a defesa do médium solicitar ao STJ a prorrogação de seu período de internação, o que foi atendido pelo ministro Cordeiro ontem. Os médicos indicaram que o médium não apresenta sinais de melhora e que não há previsão para que ele receba alta.
João de Deus se recusa a receber alimentação e água por via oral, além de estar "muito confuso, depressivo e com dificuldade para falar". "Não consegue se levantar, caminhar nem tomar banho sem a ajuda de outras pessoas", pontuaram os médicos.
Procurada sob a manifestação do hospital, a defesa do médium não se pronunciou até o momento.
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