Governo do Pará divulga lista de mortos em massacre de Altamira; veja nomes
O governo do Pará divulgou na manhã de hoje a lista dos 57 presos que foram mortos no motim ocorrido ontem no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do estado. Dezesseis presos foram decapitados e os demais podem ter morrido por asfixia devido à inalação da fumaça provocada pela queima de objetos dentro do presídio.
Antes, o anúncio havia sido feito na tarde de ontem por uma assistente social em frente à unidade prisional, para conhecimento das famílias que aguardavam por notícias. O governo diz que a rebelião foi causada por uma briga entre as facções Comando Classe A (CCA) e Comando Vermelho.
Veja abaixo o nome das vítimas do massacre:
- Admilson Bezerra dos Santos
- Adriano Moreira de Lima
- Ailton Saraiva Paixão
- Alan Kart G. Rodrigues
- Alan Patrick dos Santos Pereira
- Alessandro Silva Lima
- Amilton Oliveira Camera
- Anderson dos Santos Oliveira
- Anderson Nascimento Sousa
- André Carlos Sousa Patrício
- Bruno Rogério Andrade
- Bruno Whesley de Assis Lima
- Carlos Reis Araujo
- Cleomar Silva Henrique
- Clevacio Soares Queiroz
- Deiwson Mendes Correa
- Delimarques Teixeira Pontes
- Deusivan da Silva Soares
- Diego Aguiar Figueiredo
- Diego Walison Sousa Reis
- Diogo Xavier da Silva
- Domingos Fernandes Castro da Silva
- Douglas Gonçalves Viana
- Edson Costa de Macedo
- Efrain Mota Ferreira
- Eliesioda Silva Sousa
- Evair Oliveira Brito
- Francisco Claudizio da Silva Ferreira
- Geidson da Silva Monteiro
- Gilmar Pereira de Sousa
- Hugo Vinicius Carvalho
- Ismael Souza Veiga
- Itamar Anselmo Pinheiro
- Jelvane de Sousa Lima
- Jeová Assunção da Silva
- João Nilson Felicidade Farias
- João Pedro Pereira Dos Santos
- José Brandão Barbosa Filho
- José Francisco Gomes Filho
- Josivan Jesus Lima
- Josicley Barth Portugal
- Josivan Irineu Gomes
- Josué Ferreira da Silva
- Junior da Silva Santos
- Kawe Reis Barbosa
- Leonardo Dias Oliveira
- Luilson da Silva Sena
- Marcos Saboia de Lima
- Nathan Nael Furtado
- Natanael Silva do Nascimento
- Renan da Silva Souza
- Rivaldo Lobo dos Santos
- Rogerio Pereira de Souza
- Sandro Alves Gonçalves
- Valdecio Santos Viana
- Vanildo de Souza Guedes
- Wesley Marques Bezerra
Transferência de presos
O governo, por meio do gabinete de gestão da Segurança Pública, determinou na noite de ontem a transferência imediata de 46 internos que estariam envolvidos na rebelião. Em nota, o governo afirma que 16 internos foram identificados como líderes de facções que teriam encabeçado o massacre. Dez deles serão transferidos para o sistema federal e os outros seis serão realocados em outras penitenciárias do estado.
A mudança de alguns dos internos para regime federal foi estipulada após diálogo entre o governador Hélder Barbalho (MDB) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Os familiares serão informados previamente em relação à lista de mortos, e um grupo de atendimento psicológico foi montado para atendê-los.
A rebelião
O secretário extraordinário para assuntos penitenciários, Jarbas Vasconcelos, disse ontem que o motim foi provocado por "uma guerra de facções". "Em Altamira, há uma facção local chamada Comando Classe A (CCA) e que divide o presidio com integrantes do Comando Vermelho, e que foram esses vítimas desse ato praticado pelos integrantes da organização criminosa CCA", disse o secretário em entrevista a jornalistas.
O ataque ocorreu, segundo Vasconcelos, logo após as celas serem destrancadas para o café da manhã, por volta das 7h. "O Comando Classe A rompeu o seu pavilhão e rompeu o pavilhão do Comando Vermelho. Foi um ataque de certa forma rápido, dirigido a exterminar os integrantes rivais", disse o secretário. "Eles [integrantes do CCA] entraram, colocaram fogo, mataram e pararam o ataque. Foi um ataque dirigido, localizado."
O CCA tornou-se recentemente aliado ao PCC (Primeiro Comando da Capital), que disputa com o Comando Vermelho a liderança dos presídios no Brasil.
Com capacidade para 208 pessoas, no momento das mortes a unidade tinha ao menos 101 presos a mais, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
Mais de 100 mortos em prisões
Há cerca de dois meses, outro estado do Norte do país foi palco de um massacre de internos. Em 26 de maio, 15 detentos foram mortos em Manaus, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Um dia depois, as autoridades amazonenses encontraram outros 40 corpos, totalizando 55 internos assassinados. Em 2017, esta mesma unidade registrou o assassinato de outras 56 pessoas.
Nos últimos anos, episódios parecidos aconteceram em Roraima e, no início deste ano, o Ceará viveu uma onda de violência ordenada por criminosos presos em penitenciárias do Estado, o que levou ao envio da Força Nacional de Segurança Pública ao Estado.
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