Governo do CE muda versão, diz que não há morte confirmada, mas não explica
Resumo da notícia
- Edifício desabou esta manhã em Fortaleza
- Inicialmente, comandante dos bombeiros falou que havia um morto
- No início da noite, autoridades passaram a falar que não havia confirmação
- Resgate deve durar 2 dias, segundos os bombeiros
- Estimam-se que haja 9 pessoas nos escombros
Após o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará afirmarem nesta manhã que o desabamento do edifício Andrea, em Fortaleza, havia deixado um morto, as autoridades do estado recuaram e passaram a dizer, por volta das 18h30, que "não há nenhuma morte confirmada".
A reportagem questionou os bombeiros, a Polícia Civil, a SSPDS e a Perícia Forense sobre a morte que havia sido anunciada e sobre a mudança de versão. Mas não houve resposta oficial.
Em entrevista coletiva, o comandante Eduardo Holanda disse que, até o momento, "todas as vítimas foram retiradas vivas" dos escombros, resultado dos sete andares que desabaram e de parte de um mercado vizinho que também teve a estrutura atingida.
Mais cedo, o coronel Cleyton Bezerra, chefe da operação dos Bombeiros, o tenente-coronel Oscar Neto e o tenente Romário Filho afirmaram que havia um morto na tragédia. A informação também tinha sido repassada pela SSPDS por meio de nota.
Questionado sobre a diferença nas versões, o governador Camilo Santana (PT) não foi claro, mas repetiu a versão de que nenhum corpo foi retirado sem vida.
"Nove [pessoas] foram resgatadas com vida. Nove ainda estamos buscando. A determinação é 24 horas trabalhando para salvar as pessoas nos escombros", disse Santana.
No hospital
O hospital IJF (Instituto José Frota) informou que recebeu três vítimas do desabamento. São elas:
- Cleide Maria da Cruz Carvalho 60;
- Maria Antônia Peixoto, 72
- Gilson Moreira Gomes, 53.
Todos seguem em atendimento, segundo o hospital.
Resgate manual
Segundo os bombeiros, o resgate de sobreviventes será feito manualmente nessas primeiras 24 horas após o desabamento.
Segundo o coronel Eduardo Holanda, comandante geral do Corpo de Bombeiros no Ceará, o uso de maquinário pesado ocorrerá só depois desse prazo. A complexidade desse resgate é maior, já que há possibilidade de pessoas com vida sob os escombros.
"São quase 300 homens envolvidos na operação, e não descansaremos até que o último reclamado seja resgatado", afirmou Holanda.
Ele diz que os bombeiros entram em "cada fresta, em cada espaço, dentro da pilha de escombros" em busca de sobreviventes.
Noite a dentro, mais dois dias
Os bombeiros estimam também que o trabalho de resgate durará ao menos dois dias, e a atividade adentrará a noite. Iluminação está sendo preparada para a operação noturna.
"Vamos ficar 24 horas por dia na operação e vamos ficar até resgatar todos dos escombros", afirmou o comandante.
"A gente procura fazer muito silêncio no local para tentar ouvir as vítimas. O maquinário pesado ainda não é indicado por criar uma instabilidade e pode ocorrer um novo desabamento. A gente vai esperar pelo menos 24 horas para entrar esse maquinário", afirmou.
De acordo com o levantamento mais recente, há nove pessoas a serem retiradas do desabamento.
"As famílias dos reclamados são informados com um boletim a cada 2 horas, e pelo que consta, nenhum criança está no prédio", afirmou o bombeiro.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.