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Diretora da Backer: "Não bebam a Belorizontina, qualquer que seja o lote"

A diretora de marketing da Backer, Ana Paula Lebbos - Reprodução/Globo
A diretora de marketing da Backer, Ana Paula Lebbos Imagem: Reprodução/Globo

Marcellus Madureira

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

14/01/2020 14h17Atualizada em 15/01/2020 15h20

Resumo da notícia

  • Alerta vale também para a marca Capixaba, nome dado à Belorizontina no ES
  • Duas substâncias tóxicas foram encontradas em lotes dessas cervejas
  • Diretora de marketing diz que apensas um dos produtos é utilizado na fábrica

A diretora de marketing da cervejaria Backer, Ana Paula Lebbos, pediu hoje que consumidores não bebam a cerveja Belorizontina, independentemente do lote. O alerta vale também para a marca Capixaba, nome dado à Belorizontina no Espírito Santo.

Duas substâncias tóxicas foram encontradas em lotes dessas cervejas e são a principal suspeita para explicar os sintomas da síndrome nefroneural, que afetou ao menos 17 pessoas. Uma delas morreu. Uma segunda morte suspeita é investigada.

"O que quero agora é que não bebam a Belorizontina, qualquer que sejam os lotes, por favor. Quero que meu cliente seja protegido. Não beba Belorizontina. Não sei o que está acontecendo", disse Lebbos, em entrevista coletiva à imprensa na manhã de hoje.

A Backer sempre negou que use o dietilenoglicol, uma das substâncias encontradas, em sua produção. Hoje, Lebbos manteve essa afirmação, mas confirmou que o monoetilenoglicol é utilizado.

"A polícia, as autoridades, constataram que houve algum problema aqui dentro, estão investigando. Constataram o dietilenoglicol e monoetilenoglicol, que é o que a gente usa na fábrica", disse.

As substâncias servem para resfriar a cerveja durante sua confecção, mas não deve ser adicionado ao produto. No entanto, para intoxicar, o monoetilenoglicol precisa ser ingerido em maior quantidade do que o dietilenoglicol.

A diretora de marketing também declarou que já foram entregues recibos e notas fiscais de compras de insumos da cervejaria.

Isso, segundo ela, para comprovar que a Backer "nunca comprou o dietilenoglicol". Sobre a o monoetilenoglicol, Lebbos esclareceu que é utilizado em centenas de cervejarias do Brasil e do mundo.

"Nós sabemos que todas as Belorizontinas são feitas no tanque que está sendo investigado. Sabendo ou não se estão contaminadas, gostaria de pedir um favor, ninguém beber essa cerveja", disse.

No momento em que a diretora falava com a imprensa na sede da cervejaria, no bairro Olhos D'Água, na região Oeste de Belo Horizonte, a fábrica recebia equipes da polícia e do Ministério da Agricultura para nova vistoria.

Lebbos informou ainda que a partir desta terça-feira, familiares das pessoas que prejudicadas receberão contato da cervejaria para prestar apoio.