Suspeito de matar idoso confessa outros 4 assassinatos em MS, diz polícia
Um pedreiro, preso na madrugada de hoje em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª vara de Campo Grande (MS), confessou ter matado cinco pessoas, segundo a polícia civil.
O caso foi descoberto depois que ele foi apontado autor do assassinato de um idoso para se apossar da casa e do carro da vítima. A polícia disse que o homem, de 43 anos, confessou mais quatro assassinatos durante a prisão.
O idoso José Leonel Ferreira dos Santos, 61, foi assassinado a golpes de uma barra de ferro na cabeça na madrugada no dia 2 deste mês. O corpo foi enterrado em uma cova rasa, no quintal da casa da vítima, localizada na Vila Nasser, em Campo Grande. O cadáver foi encontrado no último dia 7.
A Polícia Civil investiga se o homem matou mais pessoas, além das cinco vítimas. Investigações apontaram que o homem teria praticado os crimes entre 2015 e 2020.
O pedreiro realizou um serviço no imóvel, no final do mês de abril, e observou que Santos morava sozinho. Segundo a polícia, o homem teria contado com ajuda da filha, de 19 anos, para assassinar a pauladas o idoso. Ela está presa. O pedreiro e a filha responderão pelos crimes de homicídio por motivo torpe e ocultação de cadáver
A mulher do pedreiro, de 40 anos, foi presa em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver. A polícia investiga se ela teve participação no assassinato do idoso. Ela está em liberdade após pagar fiança, além de medidas restritivas e uso de tornozeleira eletrônica determinado pela Justiça.
O delegado Carlos Delano Gehring Leandro de Souza, titular da Delegacia de Especializada de Homicídios e responsável pelas investigações, relatou ao UOL que o pedreiro agiu com o mesmo modus operandi na escolha, no ataque, nos assassinatos e ocultações dos corpos das cinco vítimas.
"As vítimas eram homens que moravam sozinhos e tinha família distante. Apuramos que ele matava as vítimas para se apossar de bens materiais, como imóveis e veículos. As vítimas foram assassinadas a golpes na cabeça, com pauladas ou ferramentas", disse o delegado.
Após a prisão, o homem apontou para a polícia os locais onde enterrou corpos de quatro vítimas. A Polícia Civil, peritos e o Corpo de Bombeiros passaram o dia todo de hoje procurando as ossadas de quatro vítimas, três delas já foram localizadas em lugares distintos.
"Ele confessou que agia desde 2015. Apontou os locais onde enterrou os corpos e encontramos três ossadas. Estamos trabalhando para encontrar a quarta ossada, que está abaixo do piso de uma casa", disse o delegado, em entrevista ao UOL no final da tarde de hoje.
A primeira ossada encontrada hoje estava enterrada em um terreno no Coophatrabalho. A vítima estava desaparecida desde o mês de fevereiro. A segunda ossada estava numa área de mata na região do Recanto dos Pássaros. A terceira vítima estava enterrada embaixo de uma construção. A polícia procura a ossada da quarta vítima, cujo corpo foi escondido embaixo de concreto do piso de uma casa.
O homem está preso na carceragem do Cepol (Centro de Polícia Especializada) da Polícia Civil, em Campo Grande, aguardando vaga em unidade do sistema penitenciário. Ele não apresentou advogado para defesa ainda. As audiências de custódia no Mato Grosso do Sul estão suspensas devido à pandemia do novo coronavírus.
Familiares do idoso, que morava sozinho, desconfiaram da falta de contato por meio de ligações telefônicas e mensagens em aplicativos. Vizinhos também observavam que a mercearia da vítima, que fica na mesma rua da residência da vítima, estava fechada havia uma semana.
Uma irmã do idoso foi até a residência dele e foi atendida pela filha do pedreiro. O homem, a mulher e a filha se mudaram para o imóvel no dia 3, um dia após o assassinato de Santos. A irmã da vítima procurou a polícia, que passou a investigar o desaparecimento do idoso.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.