Em conversa com ex antes de ser baleado, delegado disse ter medo da noiva
Os registros de mensagens trocadas entre o delegado Paulo Bilynskyj e a ex-namorada Juliana Trovão na véspera do dia em que ele foi baleado pela noiva Priscila Delgado de Bairros podem ajudar a entender o que aconteceu na data do crime.
De acordo com informações obtidas pela revista Época, ele teria contado para a ex que havia acabado de terminar o relacionamento com a modelo, e que ela estava chorando muito. O delegado, então, teria revelado sentir "muito medo" de ela fazer "algo errado".
Juliana Trovão, então, teria respondido que, no lugar dele, teria medo de dormir ao lado de Priscila de Bairros, com tantas armas no apartamento.
Bilynskyj teria afirmado que pediu que a noiva passasse a noite em um hotel, mas que ela recusou. Ele teria ido dormir no quarto de hóspedes, onde ficavam as armas, e Trovão teria recomendado que ele trancasse a porta.
Na manhã do crime, ele teria voltado à conversa com novos desdobramentos: Priscila de Bairros estava grávida. Ele teria perguntado: "O que eu faço?"
Trovão teria recomendado que ele saísse de casa, mas o delegado não chegou a ler a mensagem, porque já havia sido baleado.
A conversa confirmaria a versão apresentada por Bilynskyj, de que a modelo disparou os seis tiros contra ele depois de ver uma mensagem que a desagradou no celular dele. Depois, Priscila de Bairros teria tirado a própria vida com um tiro.
A investigação preliminar da polícia aponta essa versão como verdadeira, mas os investigadores não descartam a possibilidade de que possa ter havido, na verdade, um feminicídio.
A modelo foi encontrada ainda com vida no banheiro do apartamento, com uma marca de tiro na altura do peito, na região lateral do corpo. Ela foi socorrida a um hospital próximo, mas não resistiu ao ferimento.
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