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Secretário diz que não há indicativos de que PMs tenham matado jovem em SP

O coronel Álvaro Camilo, secretário-executivo da Polícia Militar em São Paulo - Reprodução/TV Globo
O coronel Álvaro Camilo, secretário-executivo da Polícia Militar em São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

16/06/2020 07h47Atualizada em 16/06/2020 09h19

O coronel Álvaro Camilo, secretário-executivo da Polícia Militar em São Paulo, disse hoje que não há indicativos de que policiais militares estejam envolvidos no assassinato a tiros de um adolescente, na Vila Clara, bairro da zona sul de São Paulo, na divisa com Diadema, embora ressalte que nenhuma hipótese está descartada.

Segundo moradores, Guilherme, de 15 anos, foi morto por PMs. Ontem, dois ônibus e quatro trólebus foram incendiados e mais dois ônibus foram depredados após revolta popular em virtude do assassinato.

Camilo afirmou que o governo paulista lamenta a morte de Guilherme, mas que a informação de que ele foi morto numa operação da Polícia Militar não está correta. Uma tarja com a identificação de um PM foi encontrada no local do crime.

"Um carro preto pegou esse garoto perto da casa dele e depois foi encontrado morto após umas três, quatro horas. E tinha ali uma tarjeta, que é aquela identificação de um policial militar ao lado dele ou sobre o corpo do menino. Não tinha naquele momento nenhuma operação policial sendo realizada naquela região", afirmou em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo.

Sobre a tarja, o secretário disse que não há nenhum policial com aquele nome na região. "Não teve operação policial, não tem nenhum indicativo de que aquilo tenha sido cometido por policiais militares. Porém, não está descartado também, todas as hipóteses estão sendo avaliadas. Quem tiver informação, o Disque Denúncia é para isso mesmo, ajudem a polícia a elucidar. Até o momento, não há indicação de que tenha policiais envolvidos na morte lamentável do garoto Guilherme", ressaltou.

'Excessos serão apurados'

Camilo afirmou ainda que eventuais excessos cometidos por policiais militares serão apurados e disse que nem a PM nem o governo "compactuam com o erro".

Ontem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) anunciou, em nota, a prisão preventiva de oito policiais militares envolvidos no espancamento de um jovem na madrugada do último sábado (13), na zona norte de São Paulo.

"Onde tem erro nós corrigimos. Oito já estão presos. Os que cometem excessos não representam a maioria esmagadora dos policiais militares, que fazem 20 mil atendimentos por dia (...) Compromisso é com o acerto, é para isso que estamos trabalhando. Não compactuamos com a coisa errada", acrescentou.