Lancha de acidente no ES navegava em lugar proibido, diz Marinha
A lancha em que a estudante de fisioterapia Bruna França Zocca, 25, morreu no último final de semana trafegava em lugar proibido, segundo a Marinha do Brasil. A embarcação estava nas proximidades do Porto de Vitória (ES), na região central da cidade, quando o acidente aconteceu. Ali, de acordo com a Marinha, "não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações."
O acidente aconteceu por volta das 18h de sábado (25). A estudante morreu depois que a lancha onde ela estava com o noivo — que pilotava a embarcação — e outras cinco pessoas atingiu uma estrutura de aço que ancora navios.
Com o impacto da batida, a cobertura da embarcação foi destruída. Bruna e outras quatro pessoas se machucaram, mas a estudante não resistiu aos ferimentos. Ela foi enterrada hoje na cidade de Itaguaçu, onde moram seus avós, a 124 km de Vitória.
A Marinha disse ainda que "de modo geral, no que tange à velocidade das embarcações, é necessário que seja compatível com as áreas de navegação". O motivo é "possibilitar tempo hábil para reações com segurança e que seja reduzida ao navegar em áreas restritas". A Marinha, no entanto, não apresentou detalhes da investigação. As causas e responsabilidades do acidente estão sendo apuradas por meio de Inquérito Administrativo específico, cujo prazo de conclusão é de até 90 dias, podendo ser prorrogado.
Noivo de Bruna, o empresário do ramo da construção civil, José Silvino Pinafo, recebeu alta do hospital hoje. "Ele está em casa, sendo medicado, sob acompanhamento, devido às fraturas. Ele fala muito pouco e está respirando mal devido ao que sofreu nas costelas e no tórax", diz o advogado Douglas Luz.
O empresário tem dois filhos, Ygor e Yuri. O mais velho, Ygor, estava na embarcação no momento do acidente. Segundo a defesa, ele pulou no mar para tentar salvar Bruna. Os dois meninos publicaram uma nota informando que estão bem e que foram ao velório da namorada do pai.
Ingestão de bebida alcoólica
Advogado do empresário, Luz disse em coletiva de imprensa que não acredita que seu cliente tenha ingerido bebida alcoólica. Imagens que circulam nas redes sociais mostram garrafas de bebida dentro da embarcação.
Em nota, a Capitania dos Portos do Espírito Santo lembrou que não é permitida a ingestão alcoólica por parte do condutor da embarcação e, como penalidade, ele pode ter seu certificado de habilitação suspenso ou cancelado, com a subsequente condução à autoridade policial, além de outras medidas administrativas, como a apreensão da embarcação.
Não há informações concretas sobre o exame de sangue que informaria se o empresário ingeriu algum tipo de bebida alcoólica. Luz disse que não teve acesso a nenhum resultado. Questionado sobre a nota da Marinha, o advogado disse que "a nota se refere ao local do acidente e não a área em toda a sua extensão."
"Desta forma é necessário esclarecer todo o contexto do acidente, ou seja, do primeiro momento até o ponto final da colisão para prestar qualquer esclarecimento. (...) Até o presente momento não se sabe, de forma indubitável, quais foram as circunstâncias fáticas que forçaram o comandante da embarcação a adentrar naquela área, de modo que se torna impossível quaisquer esclarecimentos sobre este ponto em específico", disse ao UOL.
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