Defesa de Monique leva carta com nova versão à polícia e pede 2º depoimento
Os advogados de Monique Medeiros estiveram hoje na 16ª DP (Barra da Tijuca), na zona oeste do Rio de Janeiro, para protocolar a carta escrita por ela na prisão. A defesa voltou a pedir à Polícia Civil que escute novamente a professora que alega ter sido manipulada por Dr. Jairinho em sua primeira oitiva.
"Nosso objetivo foi formalizar a entrega da carta da Monique perante o delegado de polícia, requerer algumas novas diligências que entendemos ser necessárias e mais uma vez reiterar que a gente aguarda e confia que a polícia faça efetivamente seu trabalho como deve ser feito. Não por achismo, não por conclusões precipitadas, mas sim com aquilo que estamos acrescentando", disse Thiago Minagé, um dos advogados de Monique.
A defesa afirmou que vai requerer ainda novas diligências e tentar ter acesso a novos trechos do inquérito.
Com relação ao pedido para um novo depoimento, desta vez a defesa informou que está apenas solicitando à Polícia Civil. "Se por ventura for necessário, nós vamos recorrer não só ao MP (Ministério Público), aonde tiver que recorrer nós vamos recorrer, esse é nosso objetivo. Acreditamos que a autoridade policial não será negligente a ponto de não ouvi-la", declarou.
"A confiança é de que a autoridade policial tenha um pouco de coerência e cumpra com seu papel, que é, sim, uma nova oitiva dela [de Monique]. É o que nós acreditamos e inclusive estamos fazendo pela terceira vez um requerimento de oitiva dela. Se ela fosse ouvida todas as dúvidas seriam esclarecidas. Eu não sei até quando ficarão calando Monique para que ela possa ficar respondendo uma prática de um crime que certamente ela não cometeu", acrescentou o defensor.
Os advogados voltaram a questionar a demora da polícia em aceitar o pedido para uma nova oitiva. "Por mais que fosse para dizer que a Monique não disse nada de novo, qual o prejuízo de ouvi-la novamente? Se temos outras testemunhas que foram ouvidas, tiveram o depoimento alterado, modificado após a prisão? Que fosse ouvida e dissesse: 'olha ela disse mais do mesmo, não disse nada demais', mas que seja feita a oitiva. Eu não sei qual é a dificuldade", indagou Minagé.
Com relação à carta escrita por Monique Medeiros, na qual ela dá sua nova versão para o ocorrido na madrugada do dia 8, além de detalhar uma rotina de supostas agressões por parte de Dr. Jairinho e também revelar crises de ciúmes do parlamentar, a defesa rebateu a fala do advogado Braz Sant'Anna, que defende o parlamentar.
Ao UOL, a defesa de Dr. Jairinho disse que a carta da Monique Medeiros "é uma peça de ficção, que não encontra apoio algum nos elementos de prova carreados aos autos. Não há realidade no relato dela". Os advogados da professora apenas falaram: "Defesa de Jairinho defende Jairinho, nós defendemos Monique", encerrou.
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