Empresária nega que tenha mandado matar namorado; Polícia vê contradição
A empresária Anne Cipriano Frigo, 46, negou que tenha mandado matar o namorado Vitor Lúcio Jacinto, 42, em depoimento prestado hoje à tarde no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Ela e o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, apontado como autor do assassinato, tiveram a prisão de 30 dias decretada ontem pela Justiça.
Em seu depoimento, a empresária confirma que pagou R$ 200 mil a Carlos, mas por um dossiê que ela teria encomendado sobre um ex-marido.
"A gente tem certeza do envolvimento dela. Ela está negando, mas é tudo tese de defesa. Ela está bem assistida. Dizendo que tudo partiu do próprio Carlos", afirmou o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP.
Carlos Alex afirmou que matou a vítima a mando da empresária. A motivação para o crime teria sido uma suposta traição conjugal cometida por Vitor Lúcio, um ex-segurança de restaurante que conheceu Anne Frigo em um aplicativo de paquera.
O UOL ligou para o escritório de advocacia que defende Anne Frigo, mas ainda não recebeu retorno. A reportagem também tenta contato com os advogados do corretor de imóveis.
Anne foi presa na tarde dessa terça-feira (29) por policiais do DHPP. A empresária era dona do Museu da Imaginação, mas se desligou da instituição em dezembro do ano passado, de acordo com nota da instituição. A família atua no setor de papelão e tem indústrias e também negócios e muitas propriedades em Itatiba (SP).
"Ela diz que foi procurada por ele na própria noite. 'Olha, matei seu marido'. Daí ela ficou com medo de procurar a polícia, mas é tudo contradição, porque ela continuou se encontrando com ele", acrescentou Fábio Pinheiro.
Mensagens no celular
O delegado Fábio Pinheiro apontou que Carlos Alex ofereceu a senha de seu celular para que possa ser periciado. As mensagens que foram trocadas com Anne foram apagadas, mas a Policia Civil vai tentar recuperar tais conversas. Num primeiro momento, Anne negou entregar senhas para investigação, agora, segundo o delegado, a investigada se mostrou solicita em cooperar com essa parte.
Carlos Alex será ouvido amanhã, mais uma vez. A intenção dos investigadores é saber se ele realmente recebeu o dinheiro e esclarecer as circunstâncias e as motivações do crime.
Carlos disse no DHPP que convenceu Vitor a olhar um imóvel, na semana retrasada, e o matou com tiro certeiro no coração, quando dirigia um Audi na rodovia Castello Branco. O carro estava em movimento no momento do disparo. A vítima manuseava o telefone celular no banco de carona e teve morte instantânea.
O assassino seguiu para um matagal na rua Açucena-do-Campo, na Riviera Paulista, zona sul. Carlos tentou atear fogo no corpo de Vitor, para eliminar provas e dificultar a identificação da vítima. O cadáver foi encontrado no dia 18 deste mês e apresentava queimaduras no crânio e na canela direita.
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