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Fazendeiro vira réu por ter ajudado Lázaro Barbosa na fuga em Cocalzinho

Mochila encontrada com Lázaro, no dia em que ele foi morto, tinha armas, comida, dinheiro e remédios - Divulgação/Polícia Civil
Mochila encontrada com Lázaro, no dia em que ele foi morto, tinha armas, comida, dinheiro e remédios Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Pedro Paulo Couto

Colaboração para o UOL, em Goiânia

07/07/2021 14h44

O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 73, se tornou réu por ter ajudado a esconder Lázaro Barbosa, que foi morto no dia 28 de junho em Águas Lindas de Goiás (GO), depois de ser procurado por uma força-tarefa durante 20 dias. Evangelista também responderá por posse ilegal de armas de fogo.

A denúncia foi aceita na noite de ontem pela Justiça goiana. No documento, a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira destaca que o inquérito policial tem embasamento para tornar o fazendeiro réu. "Não há dúvidas de que os elementos que compõem o procedimento investigatório são suficientes para a instauração do processo penal, já que indicam a ocorrência de crime", diz a magistrada.

O fazendeiro foi preso no último dia 24 de junho, no distrito de Girassol, em Cocalzinho (GO), juntamente com o caseiro Alain Reis Santana, que teve o processo arquivado por "falta de indícios mínimos de autoria e materialidade".

A juíza também indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva de Evangelista, acolhendo o parecer do Ministério Público de Goiás. A denúncia foi apresentada dia 30 de junho.

Segundo a força-tarefa criada para capturar Lázaro Barbosa, o suspeito teria dormido mais de cinco noites na fazenda de Evangelista, além de ter recebido comida. Barbosa tem uma extensa lista criminal, incluindo o assassinato de uma família em Ceilândia (GO).

A reportagem UOL entrou em contato com a defesa de Elmi Caetano Evangelista, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. Em entrevista, o advogado Ilvan Barbosa já disse que o fazendeiro não viu Lázaro em sua propriedade.