Fóssil de dinossauro é encontrado em obras de rodovia no interior de SP
As equipes das obras da duplicação da Rodovia Dona Leonor Mendes de Barros (SP-333), na divisa entre Marília e Júlio Mesquita, interior de São Paulo, tiveram que interromper os trabalhos devido a uma descoberta curiosa: um fóssil de dinossauro. A poucos centímetros da lateral de um talude, o objeto histórico foi encontrado há dois meses, paralisando as obras até ontem, quando teve sua extração concluída.
Segundo a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), o exemplar é de um fêmur do que seria de um Titanossauro, do período cretáceo, conhecido como o período final da "era dos dinossauros" ocorrida há cerca de 65 milhões de anos. Estima-se que o animal tinha tamanhos entre 9 a 13 metros e poderia chegar a 13 toneladas na fase adulta.
"Acreditamos tratar-se da pata de um Titanossauro. Após o salvamento e retirada da matéria do entorno teremos mais condições de estudá-lo detalhadamente", afirma o geólogo Nilson Bernardi, que conduziu as escavações para extração do fóssil.
Técnicos de engenharia e de meio ambiente da Entrevias Concessionária de Rodovias, responsável pela obra e concessão do trecho rodoviário, optaram pela paralisação das construções no momento de identificação do objeto.
"Sabemos da importância deste material para a história e a ciência. Nossas equipes são treinadas para a observação e acionamento do corpo técnico sempre que identificada a presença de material fora dos padrões nas escavações ou na terraplanagem. Esta descoberta é motivo de comemoração para todos que estiveram envolvidos neste projeto de ampliação da ligação Marília-Júlio Mesquita", afirma Fábio Milano, gerente de Engenharia da Entrevias.
A empresa A Lasca Consultoria e Assessoria em Arqueologia e o Museu de Paleontologia de Marília assumiram o desafio de fazer a extração do objeto em uma operação meticulosa para causar o mínimo impacto. O fóssil será encaminhado para o Museu de Paleontologia de Marília.
Em 2009, na mesma região, paleontólogos encontraram 70% do esqueleto de um Titanossauro. As peças, que somavam mais de 50, foram encaminhadas para a UnB (Universidade de Brasília).
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