Topo

Esse conteúdo é antigo

Avião de Marília Mendonça não tinha caixa-preta, diz FAB

Bombeiros fazem a segurança dos peritos durante os trabalhos no local da queda do avião que vitimou Marília Mendonça, em Caratinga-MG - Divulgação/CBMMG
Bombeiros fazem a segurança dos peritos durante os trabalhos no local da queda do avião que vitimou Marília Mendonça, em Caratinga-MG Imagem: Divulgação/CBMMG

Saulo Pereira Guimarães

Do UOL, no Rio

06/11/2021 19h13

O avião que caiu com a cantora Marília Mendonça não tinha caixa-preta.

A informação foi confirmada pela FAB (Força Aérea Brasileira) por meio do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), responsável pela investigação do acidente.

Os investigadores informaram que um spot geolocalizador foi encontrado nos destroços do avião. A peça será confrontada com o plano de voo da aeronave e pode ajudar a esclarecer o que levou o avião a cair.

Neste sábado, o coronel Oziel Silveira, comandante do SERIPA III (3º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) havia afirmado que aeronaves como a que caiu não têm caixa preta, mas os proprietários podem optar por incluí-la.

Pela tarde, o militar informou que documentos e outros materiais relativos a aeronave foram recolhidos para fins de investigação.

"O trabalho do Seripa neste momento é fazer o levantamento de evidências", disse ele, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, no programa Brasil Urgente.

"Os investigadores do SERIPA III irão identificar indícios, fotografar as cenas, retirar partes da aeronave para análise, ouvir relatos de testemunhas, reunir documentos etc", afirmou a FAB por meio de sua página no Twitter.

De acordo com o órgão, o prazo para conclusão das investigaçãoes irá depender da "complexidade da ocorrência".

Avião havia sido comprado em 2020

O avião pertencia à PEC Taxi Aéreo, empresa sediada em Goiânia, e foi comprado em julho de 2020, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). De modelo Beech Aircraft, a aeronave foi fabricada em 1984 e tinha capacidade para seis passageiros.

No acidente, morreram Marília, seu produtor Henrique Ribeiro, seu tio e o assessor Abicieli Silveira Dias Filho, além de Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana, que eram piloto e co-piloto da aeronave.

Eles tinham saído de Goiânia (GO) e se dirigiam a Caratinga (MG), onde a artista faria uma apresentação. O avião caiu em uma área rural de Piedade de Caratinga (309 km a leste de Belo Horizonte, em Minas Gerais).