Caso Miguel: mãe diz que vai recorrer e que Sari merecia 'pena máxima'
Prestes a completar dois anos do caso que vitimou Miguel Otávio Santana da Silva, 5, a Justiça condenou Sari Corte Real a oito anos e seis meses de prisão pela morte do menino, após ele cair do 9º andar de um prédio de luxo em Recife. A decisão do TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) não agradou a mãe de Miguel, Mirtes Renata Souza, por considerar a pena branda, tanto que ela vai recorrer para que a punição seja ampliada.
Mirtes considera que Sari deveria ter pego a pena máxima. "Oito anos e seis meses para mim é muito pouco. Era pra ter pego a máxima, que é 12 anos. Então, meus advogados vão recorrer", falou. "Não estou satisfeita com o tempo que foi dado de prisão para ela. Por mim, teria prisão perpetua, mas, infelizmente, aqui no Brasil não tem isso", disse ela, em entrevista coletiva, reproduzida pelo Diário de Pernambuco.
Ela contou que só ficará satisfeita quando a ré estiver na prisão. "Essa sentença é uma parte da nossa vitória, porque só vamos estar satisfeitos mesmo quando Sari estiver atrás das grades. Essa é a justiça que eu quero. Não só condenada, mas presa".
O outro lado
A defesa de Sari Corte Real vai recorrer da sentença por "desconhecer" os fundamentos da sentença. "A gente desconhece o fundamento da sentença. Então, podemos dizer que será recorrida atacando os fundamentos dela que desconhecemos", afirmou, advogado Pedro Avelino, em entrevista à RedeTV.
Entenda o caso
Miguel estava sob os cuidados de Sari, já que Mirtes havia saído para passear com o cachorro da patroa. Por causa dos fechamentos das creches no começo da pandemia, Mirtes, que na época era empregada doméstica, havia levado o filho para o trabalho.
Em registros das câmeras de segurança, é possível ver Sari colocando Miguel, que queria ir atrás da mãe, dentro de um elevador e apertando o botão do 9º andar para que ele subisse. Logo em seguida, o garoto sai e cai de uma altura de 35 metros ao passar por uma janela.
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