Relatório da PF diz que Bruno alertou para risco de vida no Javari
Bruno Araújo Pereira, indigenista desaparecido no Amazonas junto ao britânico Dom Phillips, enviou uma mensagem no dia 31 de maio alertando que "corria risco de vida" devido a uma reunião agendada para 5 de junho, último dia em que ele e o colega foram vistos.
Relato de Eliésio Marubo, procurador do Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), à Polícia Federal reforçou que Bruno contou para ele sobre o suposto perigo em uma mensagem de texto, na qual disse que a reunião poderia "dar algum problema".
O encontro do indigenista seria com Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, mas não teria ocorrido. Bruno e Dom desapareceram na manhã do domingo (5) durante o trajeto de barco entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.
Amarildo foi preso e quatro testemunhas foram ouvidas. Na sexta-feira (10), uma testemunha disse à Polícia Civil ter visto o suspeito com outro homem na lancha logo atrás da embarcação onde estavam Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira. O segundo envolvido ainda não foi identificado pela polícia. Peritos encontraram, no barco de Amarildo, vestígios de sangue.
Ontem, a PF (Polícia Federal), que lidera o caso, negou que os dois homens tenham sido encontrados. "Não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos de Bruno Pereira e Dom Phillips", falou em nota.
Hoje, a PF não reportou novas descobertas no caso, enquanto o ministro e presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, anunciou que um grupo de trabalho foi criado para supervisionar e auxiliar nas buscas.
"Máfia de peixes"
Ontem, o prefeito de Atalaia do Norte, Denis Paiva (União Brasil), falou que o caso pode ter relação com a "máfia dos peixes", conforme mostrou a agência de notícias norte-americana AP (Associated Press): "O motivo do crime é uma briga pessoal pela fiscalização da pesca", afirmou.
A AP também afirmou ter tido acesso a informações que a Polícia Federal teria compartilhado com lideranças indígenas. Além da "máfia do peixe", a PF não descartaria outras linhas de investigação. A agência internacional, inclusive, ressaltou que a região do desaparecimento tem forte atividade de narcotráfico.
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