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Homem é preso em MT suspeito de matar filho e alegar acidente com celular

Criança foi levada para UPA de Primavera do Leste, mas teve óbito declarado no local - Eisdemar Daniel Estrela/Creative Commons
Criança foi levada para UPA de Primavera do Leste, mas teve óbito declarado no local Imagem: Eisdemar Daniel Estrela/Creative Commons

Do UOL, em São Paulo

21/06/2022 19h31Atualizada em 21/06/2022 19h31

O pai de uma criança de um ano e oito meses foi preso suspeito de matar o próprio filho e alegar que ele teria se enforcado acidentalmente em um carregador de celular no município de Primavera do Leste (MT).

A detenção do homem, que não teve identidade revelada, ocorreu ontem, poucas horas após ele dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento do município com o menino.

Ao chegar na instituição de saúde, a criança teve morte confirmada por médicos e os pais foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso.

A versão inicial dada pelo suspeito foi de que ele deu uma mamadeira ao filho às 3h30, o colocou para dormir em um berço improvisado ao lado da cama e deixou, ao lado da criança, um celular no carregador.

Ele afirmou que acordou cedo para levar o menino à creche e encontrou a criança com a boca roxa, sem respiração ou pulso e com o carregador enrolado no pescoço.

Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, a criança não tinha sinais aparentes de agressões, mas, após um pedido de análise do corpo da vítima, marcas de que alguém teria feito força para tapar a boca da criança foram encontradas.

A perícia também identificou que a criança tinha sinais de asfixia por obstrução das vias aéreas, lesões na parte interna da cabeça e hemorragia cerebral, que podem ter sido provocadas por uma pancada ou por "movimentação retida drasticamente da cabeça da vítima".

O homem teve a prisão em flagrante decretada e deve responder pelo crime de homicídio qualificado. A mãe do menino disse à polícia que não percebeu nada, mas disse que viu o suspeito do crime alimentando o menino e o colocando para dormir. Ela não foi presa.

O suspeito não teve a identidade divulgada, o que impediu a localização de sua defesa. O espaço segue aberto para manifestações.