Homem é preso em GO suspeito de golpe da falsa adoção de órfãos ucranianos
Um homem foi preso suspeito de aplicar um golpe de adoção de crianças órfãs da guerra na Ucrânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás, Auly Rosa de Paula se passou por um integrante de uma grande emissora de televisão e teria extorquido cerca de 2 mil euros de uma mulher com a promessa de ajudar com o processo de adoção de órfãos.
A prisão ocorreu na quarta-feira (15), mas foi divulgada pela Polícia Civil de Goiás apenas nesta semana. Rosa de Paula foi preso em Belém (PA), durante a Operação Órfãos da Guerra, deflagrada em conjunto pelas policiais de Goiás e do Pará.
O delegado Paulo Ludovico, da Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais) informou que a vítima, moradora de uma cidade do interior de Goiás, compareceu à delegacia em abril.
"Ela falou que teria sido vítima de estelionato, informando que uma pessoa se aproximou no seio familiar e começou a informar que possuía contato com integrantes de uma grande emissora de televisão e, por ser poliglota, iria fazer uma cobertura, juntamente com essa emissora, da guerra entre a Ucrânia e Rússia", disse ele em coletiva.
O suspeito, então, descobriu que a mulher tinha a intenção de ter mais um filho e, deste modo, começou a trocar mensagens com ela afirmando que poderia realizar este desejo. Ele disse que estava hospedado numa cidade na Polônia e que alguns repórteres da emissora estavam adotando crianças órfãs e chegou a encaminhar imagens de crianças com características europeias para a vítima.
"Sabendo que essa mulher tinha esse sonho de ter um outro filho, informou que poderia intermediar, através de um advogado, esse processo de adoção, mas a vítima precisaria depositar cerca de 2 mil euros na própria conta corrente dele", explicou o delegado.
A vítima, acreditando ajudar os órfãos da guerra, fez o depósito bancário e, mais tarde, percebeu que tinha sido vítima de um golpe.
Ela chegou a vender outros pertences para comprar a decoração do quarto do novo filho.
Auly Rosa de Paula foi preso e poderá responder pela prática do crime de estelionato "eletrônico", crime cuja pena pode chegar até 8 anos de reclusão.
Segundo a Polícia, ele possui ficha criminal extensa por diversos crimes e estava foragido da Justiça Federal, já que havia um outro mandado de prisão contra ele.
A Polícia divulgou a imagem do investigado pois acredita que outras pessoas podem ter sido vítimas do esquema.
O UOL tenta, até o momento sem sucesso, localizar a defesa do investigado. A Defensoria Pública negou representá-lo, mas ainda não há advogado apontado no processo. O espaço segue aberto para manifestação de seus representantes legais.
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