Juiz manda polícia complementar investigação sobre assassinato de petista
A Justiça do Paraná determinou que a Polícia Civil complemente com novas informações o inquérito que investiga o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, morto em festa de aniversário temática do PT. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (18), três dias após a conclusão do caso.
O inquérito foi finalizado em apenas cinco dias, antes da divulgação de dados contidos no celular de Jorge Guaranho, autor do crime, e conclui que não há indícios que apontem crime de ódio por motivação política. No despacho, o juiz Gustavo Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, atende pedidos feitos pelo Ministério Público após a defesa de Arruda contestar a conclusão.
O mandado de busca e apreensão do aparelho telefônico de Guaranho foi cumprido um dia antes da conclusão do inquérito. Segundo o MP, as informações contidas no aparelho podem auxiliar a investigação a identificar se houve participação indireta de outras pessoas na ação.
Determino o retorno do inquérito policial à Delegacia de Polícia, via remessa off-line, para o urgente cumprimento das diligências investigavas requisitadas pelo Ministério Público."
Gustavo Arguello, juiz da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu
O inquérito foi encerrado antes que fossem divulgados os resultados de exames de confronto balístico, de perícia no carro de Guaranho e sem que a reconstituição no local do crime fosse realizada.
Também não foi divulgada a conclusão dos laudos periciais de leitura labial dos envolvidos no momento do crime, em imagens captadas pelas câmeras de segurança da festa. A análise de acesso aos vídeos foi requisitada apenas um dia antes da conclusão do caso.
Advogado de Marcelo Arruda, Daniel Godoy disse ao UOL que o prazo final para o encerramento do inquérito era 19 de julho, quatro dias depois da data em que a Polícia Civil deu o caso por encerrado. Para ele, a decisão judicial demonstra "a insuficiência do inquérito".
"A conclusão apressada do inquérito esta confirmada. Se não fosse assim, nossos requerimentos não teriam sido atendidos, ainda que em parte."
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil do Paraná disse que "irá cumprir as diligências rapidamente". "As perícias já tinham sido requisitadas pela autoridade policial à Polícia Científica, na semana passada", complementou o órgão em nota encaminhada ao UOL.
A Secretaria de Segurança Pública do estado ainda não se manifestou sobre a decisão.
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