Cônsul alemão é preso após a morte do marido belga no Rio de Janeiro
O cônsul alemão Uwe Herbert Hahn foi preso no início da noite de hoje, após a morte do marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, 52, no apartamento do casal em Ipanema, na zona sul do Rio. Eles eram casados havia 20 anos. A delegada Camila Lourenço, da 14ª DP (Leblon), informou que o diplomata foi preso temporariamente por suspeita de homicídio e que a causa da morte foi traumatismo craniano na região da nuca.
Ao UOL, a Polícia Civil afirmou que a versão apresentada pelo cônsul de que o marido havia passado mal e batido ontem a cabeça após um tropeço está na contramão do que indicam as conclusões do laudo pericial.
"Houve uma morte com violência, há vestígios de lesões em várias partes do corpo, inclusive no ânus", afirmou a corporação. Segundo a polícia, foram encontrados vestígios de sangue em vários lugares do apartamento.
No IML (Instituto Médico Legal), os peritos identificaram que uma lesão na nuca provocou traumatismo craniano no belga. Ele também apresentava lesões no peito, no rosto, no tórax e nas pernas. O caso foi encaminhado à delegacia do Leblon e inicialmente investigado como morte por mal súbito. Ao UOL, a polícia afirmou que está ouvindo testemunhas e realizando outras diligências para esclarecer o caso.
Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli foram até a cobertura do casal na tarde de hoje, onde constataram que uma empregada limpou as marcas de sangue nos móveis e no chão no apartamento.
A reportagem não identificou a defesa do cônsul Uwe Herbert Hahn. A Embaixada e o Consulado-geral da Alemanha informaram que não vão se pronunciar e aguardam o fim das investigações em curso.
A prisão deu-se 24 horas depois de o Corpo de Bombeiros ter sido acionado por volta das 19h de ontem. Segundo a corporação, o homem morreu no local após uma parada cardiorrespiratória. A Polícia Militar informou que ele apresentava lesões na cabeça e nas pernas.
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