Séculos de pena: a quantos anos o líder do PCC Marcola já foi condenado?
O preso Marco Willians Herbas Camacho, 54, o Marcola, apontado como principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), já foi condenado a 342 anos de prisão. A última condenação aconteceu em março de 2022, quando ele recebeu uma pena de mais 12 anos de prisão pela acusação de associação à organização criminosa.
Antes desse julgamento, a pena dele era de 330 anos, 6 meses e 24 dias de reclusão, segundo boletim informativo do prisioneiro emitido pela SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) e obtido pelo colunista do UOL Josmar Jozino.
Na última, Marcola foi acusado pelo Ministério Público de São Paulo de ter dado ordem para matar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o chefe da Croeste (Coordenadoria dos Presídios da Região Oeste do Estado), Roberto Medina, em dezembro de 2018.
O preso foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília para a Penitenciária Federal de Porto Velho, capital de Rondônia.
As disputas por poder e dinheiro dentro da principal organização criminosa do Brasil são narradas na segunda temporada do documentário do "PCC - Primeiro Cartel da Capital", produzido por MOV, a produtora de documentários do UOL, e o núcleo investigativo do UOL.
Preço alto à liderança
O posto de líder máximo do PCC está custando muito caro para Marcola. Antes de ser preso e de ser considerado o chefe da maior facção criminosa do País, ele tinha 40 anos de prisão a cumprir. As condenações foram por roubos a carros, bancos e empresas de valores nos anos 1980 e 1990.
Depois que foi apontado como líder máximo do PCC, ou seja, já definitivamente encarcerado e sob a tutela do Estado, Marcola foi acusado de cometer vários crimes na prisão e acabou condenado a mais 290 anos.
Em todos os interrogatórios, Marcola negou ser integrante e líder do PCC. Porém, o Ministério Público vem denunciando o preso como mandante de chacinas, atentados e assassinatos de agentes públicos, além de formação de quadrilha e associação à organização criminosa.
A maior condenação de Marcola, equivalente a quase a metade da pena total dele, foi aplicada em 6 de março de 2013. O crime: a chacina de oito presos na Casa de Detenção, no Carandiru, zona norte, em fevereiro de 2001, durante uma megarrebelião.
Marcola e mais nove detentos foram acusados pela matança, mas ele alegou inocência. Disse que estava preso na Penitenciária do Estado e não na Casa de Detenção e, portanto, não poderia ter ordenado a chacina.
A Justiça o condenou a 158 anos de prisão pelos oito assassinatos.
Marcola foi condenado a 29 anos como mandante do assassinato do juiz Antônio José Machado Dias, em 14 de março de 2003 em Presidente Prudente. Pegou mais 61 anos e 6 meses pelos crimes de maio de 2006, quando o PCC matou agentes públicos e se rebelou em 71 presídios.
Em fevereiro de 2018, a Justiça condenou Marcola a mais 30 anos, dessa vez pela acusação de liderar a célula "sintonia dos gravatas", o braço jurídico do PCC, responsável por contratar advogados para defender os interesses da organização.
Já no ano de 2006, Marcola recebeu uma pena de 12 anos de prisão. Ele foi acusado, junto com outro grupo de prisioneiros, por formação de quadrilha. O processo começou a tramitar em 2002.
A defesa de Marcola afirma que ele nunca integrou o PCC, não liderou qualquer célula de organização criminosa e jamais deu ordem para matar autoridades, policiais ou agentes públicos.
Para os advogados de Marcola, as acusações e condenações impostas ao cliente são injustas e até hoje não foi comprovada a participação dele em nenhum desses crimes.
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