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'Matou criança': como vizinhos reagiram à prisão de suspeito de atentado

Do UOL, em São Paulo

25/11/2022 20h37Atualizada em 26/11/2022 14h48

Vizinhos do adolescente de 16 anos suspeito de ser o autor dos disparos que deixaram ao menos três mortos em duas escolas, reagiram à prisão do jovem. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira (25), em Aracruz (ES), no litoral norte capixaba, a 81 quilômetros de Vitória.

Imagens obtidas pelo UOL Notícias mostram os vizinhos em frente à casa do jovem e gritando frases como "assassino" e "você matou uma criança".

Segundo informações da Polícia Civil, o adolescente é filho de um tenente da Polícia Militar e teria usado a arma do pai no crime. A corporação informou que o jovem não ofereceu resistência e se entregou.

Gravação e xingamentos. Com celulares nas mãos, os vizinhos gravaram os carros da polícia no quintal da casa do jovem. Eles registraram o momento em que agentes estavam no local.

"Eu enterrei um filho. Eu sei o que é isso. Ele tirou a vida de mãe de filha, de criança", diz uma mulher. O adolescente foi encaminhado para a delegacia local, onde dezenas de pessoas cercaram a viatura. Moradores queriam agredir o suspeito e gritavam contra ele.

Como foi o atentado. Imagens de câmera de segurança mostram o suspeito armado invadindo a Escola Estadual Primo Bitti por volta das 10h. No local, o suspeito atinge 11 pessoas —duas delas eram as professoras Cybelle Passos Bezerra, 45, e Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, que morreram.

Depois dos disparos na escola pública, o suspeito seguiu de carro, um Renaut Duster, até o Centro Educacional Praia de Coqueiral e disparou contra mais três vítimas —uma aluna do 6º ano fundamental não resistiu aos ferimentos e morreu.

A polícia ainda não sabe a motivação do crime, mas o adolescente planejava o ataque há dois anos, de acordo com a investigação. O veículo utilizado pelo suspeito era de seu pai.

Segundo apuração do UOL Notícias, o jovem usou duas armas do pai —uma delas era uma pistola da corporação e a outra, um revólver particular.

"Acreditamos que ele não tinha um alvo definido. Vamos investigar a história a fundo e procurar saber como ele se relacionava nos últimos meses na internet", informou Arruda.

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