Sete feridos de ataque no ES seguem internados; dois alunos em estado grave
Sete das 12 pessoas que ficaram feridas no ataque a duas escolas em Aracruz (ES), ocorrido na sexta-feira (25), seguem hospitalizadas. Entre elas estão dois alunos — um menino e uma adolescente, ambos em estado grave. Além dos feridos, quatro pessoas morreram. O suspeito do crime é um adolescente de 16 anos, que já foi apreendido.
Boletim divulgado na manhã de hoje pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) informa o estado de saúde de cinco dos feridos. Duas professoras, de 52 e 45 anos, seguem internadas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves em estado grave.
No Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, uma professora, de 58 anos, passou por cirurgia e o estado de saúde é considerado estável. Ela guarda melhora em membro inferior para ser submetida à nova cirurgia.
Já no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória (Infantil de Vitória) um menino de 11 anos teve o seu quadro evoluído para estável, estando agora em unidade semi-intensiva. Outra aluna, de 14 anos, segue intubada em estado grave. Ambos estão na UTI.
Dois dos feridos estão internados no Hospital São Camilo, que é filantrópico. Segundo comunicado divulgado ontem pela instituição, eles estão internados na enfermaria e o estado de saúde de ambos é considerado estável.
Quatro mortos. Subiu para quatro o número de mortos no ataque. A vítima foi identificada como Flavia Amoss Merçon Leonardo, de 38 anos. Ela morreu na tarde de ontem, segundo informação da Sesa.
Flavia era professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti, a primeira a ser atacada.
Além dela, morreram no ataque as profissionais de educação, Cybelle Passos Bezerra, de 45 anos, cremada em Vitória, e a Maria da Penha Pereira de Melo Banhos de 48 anos, sepultada em Aracruz. Uma menina de 12 anos também está entre as vítimas.
Suspeito apreendido. Segundo a Polícia Civil, o suspeito é filho de um tenente da Polícia Militar e se entregou no momento da detenção. Foi apreendido em casa.
O adolescente, de acordo com a polícia, planejou o crime por dois anos. Ele responderá por ato infracional análogo ao crime de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, perigo comum e impossibilidade de defesa às vítimas e por tentativa de homicídio aos feridos.
O adolescente tentou esconder os vestígios após cometer o crime, segundo policiais militares que participaram da apreensão dele. Ele usou as duas armas e o carro do pai no atentado.
Após cometer o crime, ele estacionou o carro na garagem, recarregou as armas e as guardou no mesmo local. A fita vermelha usada para formar a imagem de uma suástica no braço direito foi retirada da roupa camuflada usada no crime e guardada em uma gaveta.
A Polícia Civil irá investigar se o atirador tinha facilidade de acesso às armas do pai.
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