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Suspeito por liderar mega-assaltos a bancos é preso no Pará

Elinelson Alexandre Ferreira, de 37 anos, é conhecido como o Pinga - Divulgação/Polícia Civil
Elinelson Alexandre Ferreira, de 37 anos, é conhecido como o Pinga Imagem: Divulgação/Polícia Civil
Herculano Barreto Filho e Luciana Cavalcante

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em Belém

18/12/2022 21h54

A polícia prendeu hoje um criminoso apontado como uma das principais lideranças de mega-assaltos a bancos em cidades do interior.

A ação é conhecida como "domínio de cidades", uma abordagem mais violenta em relação à tática do "novo cangaço". No "domínio de cidades", são usados armamentos de maior poder destrutivo, como explosivos e fuzis, além de serem feitos ataques à polícia.

O que aconteceu?

  • Elinelson Alexandre Ferreira, o Pinga, de 37 anos, foi preso hoje na cidade de Moju, nordeste do Pará;
  • Ele é suspeito de participar do mega-assalto de Araçatuba (SP), em agosto de 2021, quando mais de 30 homens armados de fuzis explodiram três agências bancárias e usaram reféns como escudo humano;
  • Pinga estava foragido havia 14 anos e tinha sete mandados de prisão pendentes;
  • Segundo a polícia, ele só se comunicava por aplicativos de troca de mensagens, mas acabou sendo detido em um deslocamento de Limeira (SP) ao Pará.

A ação foi possível graças à troca de informações entre o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Bauru, a PM (Polícia Militar) do Pará e a Polícia Federal.

"Já estava sendo procurado há anos"
Hélder Barbalho, governador do Pará, em post no Twitter

Após ser preso, Ferreira foi conduzido à Divisão de Repressão ao Crime Organizado do Pará.

Ele usava documentos falsos e estava acompanhado por um casal no momento da captura, segundo a polícia.

O UOL não localizou a defesa dele para que se posicionasse.

Como foi o mega-assalto em Araçatuba?

  • O mega-assalto ocorreu na madrugada de 30 de agosto de 2021 em Araçatuba (SP), a 519 quilômetros da capital paulista;
  • Armados com fuzis, os criminosos explodiram bancos;
  • Para dificultar a reação da polícia, espalharam explosivos pelas ruas e incendiaram veículos para isolar a cidade;
  • Na fuga, usaram reféns como escudos humanos;
  • Os criminosos também monitoraram a ação com drones;
  • Ao menos três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.

O crime foi apontado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública como o segundo mais violento da tática que ficou conhecida como "novo cangaço".

A violência em Araçatuba só foi menor se comparada com a tentativa de roubos a caixas eletrônicos de 4 de abril de 2019 em Guararema, na região metropolitana de São Paulo, que teve 11 suspeitos mortos após troca de tiros com a polícia.