Cães vivos e colchão encontrado: família procura casal e bebê em Juquehy
A designer Agatha Pugleise, de 25 anos, usa as redes sociais na tentativa de encontrar parentes desaparecidos desde a madrugada de domingo, 19.
A prima Karolen Pugleise, de 23 anos, o namorado da prima, Luan Pedro Araújo, de 22, e a filha deles, Paloma, de 2, moram no Morro do Pantanal, em Juquehy, no litoral norte de São Paulo.
A região, no município de São Sebastião, foi uma das atingidas pelos temporais do último fim de semana, que já deixaram 50 mortos.
Está chegando muita informação picada, sem confirmação. A última coisa que soubemos pelo Corpo de Bombeiros foi que encontraram alguns objetos e pertences deles, como o colchão, além dos cães vivos. Deles mesmo, nem sinal
"Você se sente de olhos vendados e mãos atadas. São muitas possibilidades e nenhuma resposta. A internet é a única ferramenta que temos morando longe."
Agatha é de São Vicente, no litoral sul, e Karolen mora em Juquehy há cerca de cinco anos. As duas não têm tanta proximidade devido à distância, mas as famílias estão acostumadas a trocar mensagens frequentemente.
A mãe dela morava praticamente do lado e está em um abrigo. A casa dela [da mãe de Karolen] está lá, mas, com risco de novos deslizamentos, ela não pode voltar. Já a casa da Karolen foi embora
Com a divulgação do caso nas redes sociais, Agatha teve alguns retornos, mas nenhuma informação concreta.
Cada pessoa fala uma coisa diferente e deixa a gente mais confuso sem saber o que fazer. Duas pessoas confirmaram com muita certeza que, no domingo, viram eles no ponto de ônibus. Mas ninguém sabe de nada
Ela acredita que, se fosse realmente a família, eles teriam dado um jeito de entrar em contato. Agatha também falou com a família de Luan e as informações são parecidas.
Parentes que moravam próximos escaparam, inclusive uma criança e um garoto com hidrocefalia. Eles entraram na mata e saíram quando amanheceu. Da Karolen, do Luan e da Paloma, não tem informação
Em São Sebastião, a família está em contato direto com os bombeiros. "Gostaríamos muito de ir para lá, até procuramos opções. Mas as autoridades não indicam isso, porque o acesso das vias está quase impossível."
Desaparecidos
Segundo o governo de São Paulo, há 25 pessoas desaparecidas após os deslizamentos de terra no litoral norte. As buscas são feitas por equipes do Corpo de Bombeiros — e até moradores voluntários ajudam nos resgates.
O número de desabrigados ou desalojados chega a 3,5 mil.
A tragédia tem mobilizado uma onda de solidariedade. Donos de restaurantes na região doam marmitas e barqueiros ajudam a fazer o transporte de mantimentos e pessoas que precisam deixar a área.
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