Jovem morre após passar mal durante teste de aptidão física da PM de MS
Arthur Mateus Martins Rosa, 25, morreu hoje após passar mal durante a realização do TAF (Teste de Aptidão Física) do concurso para ingressar na Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. O exame foi realizado na quinta-feira (3), em Campo Grande.
O que aconteceu:
Vídeo da realização do teste mostra o momento em que Arthur e outros participantes passam mal, chegam a cair em diferentes ocasiões e até mesmo a desmaiar.
O candidato, que saiu de Goiás para realizar a prova, foi socorrido, levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, onde recebeu os primeiros atendimentos. Em seguida, ele foi encaminhado para o Hospital do Pênfigo, mas não resistiu e morreu.
O corpo de Arthur foi liberado do SVO (Serviço de Verificação de Óbito) de Campo Grande e deve ser levado para Goiânia, onde ele morava, neste sábado (5).
A prova para PM-MS
O TAF ocorreu no Centro Poliesportivo da Vila Nasser, sob temperatura de cerca de 33ºC, o que potencializou o desgaste dos candidatos. As provas são realizadas entre os dias 2 e 5 de agosto.
No total, a prova de aptidão é composta por três testes: elevação na barra fixa, 32 abdominais e corrida de 2.400 metros, que deve ser concluída em até 12 minutos. O candidato que não conseguir completar qualquer um dos testes é automaticamente desclassificado.
O que diz a banca examinadora:
O Idecan (Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional), responsável pela banca examinadora do concurso da PM-MS, disse que Arthur Matheus apresentou o atestado médico comprovando ter condições para realizar o TAF no dia 27 de julho.
"Os laudos de Arthur indicavam que o rapaz estava apto para a se submeter à prova. As regras e especificações do TAF são estabelecidas pelo edital da comissão especial da PM e executadas pela banca. O modelo é padronizado para concursos de policiais e bombeiros em todo o país", diz o Idecan
O instituto ressaltou que "o objetivo do teste é selecionar profissionais com capacidade física mínima para atuarem no cotidiano da segurança pública".
Ainda de acordo com o Idecan, no dia em que Arthru Matheus morreu, dos 361 candidatos que realizaram a prova, só três candidatos precisaram de atendimento médico.
O que diz o governo de MS:
Em nota, a SAD (Secretaria Estadual de Administração) classificou o episódio como uma "tragédia" e disse que vai apurar o ocorrido. "Apesar de todo arcabouço legal que as provas de teste físico requerem, bem como todo cuidado e responsabilidade pela aplicação da mesma é necessário apuração célere que não deixe margens para novas tragédias, motivo pelo qual já iniciou uma apuração isenta e objetiva", diz a nota.
Veja a íntegra:
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Quero receber"O governo do Estado de Mato Grosso do Sul lamenta profundamente o óbito ocorrido em decorrência do TAF (Teste de Aptidão Física) da prova da Polícia Militar, de um candidato de 25 anos oriundo do Estado de Goiás, e informa que já determinou que sejam tomadas as devidas providências para esclarecer o fato, com compromisso de apurar as possíveis negligências e responsabilidades.
Apesar de todo arcabouço legal que as provas de teste físico requerem, bem como todo cuidado e responsabilidade pela aplicação da mesma é necessário apuração célere que não deixe margens para novas tragédias, motivo pelo qual já iniciou uma apuração isenta e objetiva.
O governo de MS se solidariza com familiares e amigos do candidato que teve seu sonho de ingressar nas forças de Segurança Pública interrompido, e prestará toda assistência necessária neste momento de luto".
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