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Sindicato diz que Tarcísio mente sobre linhas privadas: 'Ditadura acabou'

A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, afirmou que o governador Tarcísio de Freitas ataca o direito de greve do trabalhador e "mente em favor de um objetivo político" ao falar das paralisações da categoria.

As falas foram dadas em pronunciamento na manhã desta terça-feira (3), no dia da paralisação conjunta do Metrô de São Paulo, da CPTM e da Sabesp. Verifique a situação atual das linhas aqui.

Ali naquela coletiva teve muita omissão, muita mentira a serviço de um projeto político, porque o governador quer ser presidente do Brasil. [...] O que ele não pode é atacar o direito de protesto dos trabalhadores. Nós não estamos na ditadura, governador. A ditadura acabou.
Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários

O que a presidente do Sindicato falou:

As "falhas constantes" das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, administradas pela ViaMobilidade, foram omitidas pelo governador durante posicionamento, segundo Lisboa.

"Descarrilamentos, velocidade reduzida e trem andando com portas abertas" foram alguns dos problemas recordados pela categoria. A concessionária já chegou a assinar um termo de conduta com pagamento de multa pelas falhas.

O governo alega que a conversa com o público faz parte do plano de privatização das linhas, mas a categoria afirma que um leilão de concessão da linha 7-Rubi está previsto sem essa consulta.

"Se ele topar o plebiscito oficial, a gente conversa com os trabalhadores para ver se a greve continua ou não", defendeu a presidente do sindicato.

"O governador está parecendo mais um CEO das linhas privadas do que um governador que tem que se preocupar com o serviço público", disse a presidente, afirmando que Tarcísio legisla em nome das empresas privadas.

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Reivindicações

As categorias protestam contra o plano de privatizações de linhas metroferroviárias e da estatal de saneamento, uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A Justiça determinou 100% de operação do metrô e da CPTM em horários de pico. O sindicato dos metroviários, por sua vez, prometeu recorrer da decisão por considerá-la um "ataque ao direito constitucional de greve".

Em entrevista ao UOL News, o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo Narciso Soares defendeu a realização de um plebiscito sobre a privatização do Metrô, da CPTM e da Sabesp.

Tarcísio critica greve e defende privatizações

Em entrevista hoje cedo, Tarcísio disse que a greve reforça a decisão do governo de estudar a privatização das linhas do Metrô e CPTM.

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Quais as linhas disponíveis hoje? As linhas 4, 5, 8 e 9, operadas pela iniciativa privada (...) Isso reforça a convicção de que estamos indo na direção certa.
Tarcísio de Freitas

Ao dizer que está "na direção certa", Tarcísio lembrou que a privatização dos serviços foi tratada na eleição do ano passado. Ele chamou a paralisação de "pauta corporativa" dos funcionários do transporte público de SP e afirmou que o governo continuará os estudos sobre a concessão das linhas.

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