Justiça arquiva inquérito sobre policial civil morto por PM em São Paulo

A Justiça arquivou o inquérito sobre a morte do policial civil baleado durante uma discussão com um policial militar no Guarujá, no litoral de São Paulo, em 2022.

O que aconteceu

A decisão do TJSP atende a um pedido do MPSP (Ministério Público de São Paulo) pelo arquivamento do caso. Segundo a investigação, ficou comprovada a existência de uma rixa entre a família de Eduardo Brazolin e determinados integrantes da PM.

Para a promotoria, porém, esse histórico não pode ser usado contra os policiais investigados "para criar um cenário de promessa genérica e indeterminada de mau injusto pela Polícia Militar".

O arquivamento, portanto, demonstra que os PMs responsáveis pela morte agiram "apenas para evitar o resultado fatal contra si e os colegas de farda".

Relembre o caso

Eduardo Brazolin chegou à Delegacia Sede do Guarujá após ser acionado por um dos filhos dele, de 21 anos, em busca de um colega, que estava detido após uma abordagem.

A versão dos policiais militares e do jovem que registrou o boletim de ocorrência são divergentes: de acordo com os PMs, o filho de Eduardo e o colega dele teriam sido detidos após fazerem gestos obscenos para um grupo de patrulha.

Um deles teria reagido à detenção e sido levado para uma Unidade de Pronto Atendimento, sendo levado à delegacia em seguida.

Na delegacia, segundo a versão dos PMs, o policial civil teria tentado tirar satisfações com os militares e iniciado disparos contra eles, que teriam revidado.

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De acordo com a família do policial civil, porém, os PMs teriam ameaçado Eduardo de morte, em conversa com o filho dele, quando descobriram quem era o pai do garoto.

O jovem, então, foi para casa e narrou o ocorrido ao pai, indo com ele à delegacia em seguida. No local, um grupo de PMs teria cercado o policial civil e atirado nele.

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