Esposa de cartorário morto em 2021 e irmã dela são presas de novo em Goiás
Duas mulheres foram presas novamente no caso da morte do cartorário Luiz Fernando Alves Chaves, ocorrida há quase dois anos em Goiás.
O que aconteceu
A esposa do cartorário e a irmã dela foram detidas no último dia 15 de dezembro. Elas são suspeitas dos crimes de homicídio qualificado, roubo circunstanciado e associação criminosa.
Segundo o processo, o crime foi cometido visando receber um seguro de vida feito pela vítima, e cuja beneficiária era a esposa dele.
A defesa da esposa disse não concordar com a decisão, que considera "absurda". O pedido de prisão preventiva foi motivado por supostos descumprimentos de medidas cautelares.
"Embora não concorde com a decisão absurda que decretou a prisão preventiva por supostos descumprimentos de medidas cautelares, respeita as decisões e confia no judiciário goiano, tendo a certeza que todos os atos serão esclarecidos num futuro breve", diz a nota do advogado Auro Jayme.
A defesa da cunhada de Luiz disse que ela "está sendo processada por um fato que ela não praticou e nem contribuiu para sua prática". O advogado Rodrigo Lustosa disse que "trata-se de um enorme erro judiciário".
Além disso, o advogado diz que sua cliente jamais burlou a "obrigação de se recolher em domicílio durante o período noturno", o que teria motivado o pedido de prisão. "Acredito que se o juízo tivesse tido o cuidado mínimo de determinar o fornecimento de sua localização (georreferenciento) durante o período noturno, constataria que ela cumpriu com todo rigor a referida obrigação", diz a nota.
Á época do crime, as irmãs e outros suspeitos chegaram a ser presos, mas elas foram soltas com a aplicação de medidas cautelares.
O cartorário, que tinha 40 anos, deixou três filhos, fruto do relacionamento com a presa, sendo dois gêmeos de 5 anos e uma filha de 3 anos.
Relembre o caso
Luiz Fernando Alves Chaves, de 40 anos, foi levado de casa por sequestradores na noite de 28 de dezembro de 2021. Ele morava em Rubiataba, cidade a cerca de 200 quilômetros de Goiânia.
Os sequestradores entraram na residência usando o controle do portão, segundo a polícia. Depois, eles seguiram com a vítima em direção à cidade de Uruana, onde o carro dele foi encontrado.
A Polícia Civil informou que as investigações preliminares mostraram que os executores receberiam R$ 5 mil, além da caminhonete da vítima - uma Hillux branca, como pagamento pelo homicídio.
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