Conteúdo publicado há 11 meses

Velório de vítimas de queda de helicótero ocorre hoje em São Paulo

Os corpos das quatro vítimas da queda do helicóptero em Paraibuna, no Vale do Paraíba (SP), foram liberados às famílias. Velórios e sepultamentos são realizados hoje (14) na capital paulista.

O que aconteceu

As liberações foram feitas na noite de ontem, informou a SSP (Secretaia de Segurança Pública). Segundo Sílvia Santos, irmã de Luciana Rodzewics e tia de Letícia Rodzewics, o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo liberou os corpos das duas por volta das 23h45.

Luciana e Letícia são veladas no cemitério do Jaraguá, na zona norte. A cerimônia de despedida começou às 12h e o sepultamento está marcado para as 16h.

O velório de Raphael Torres, que também estava a bordo, foi às 9h, no cemitério Horto Florestal. Segundo publicação da mãe de Raphael, Suzete Torres, nas redes sociais antes da despedida, a cerimônia duraria 15 minutos e ele seria sepultado logo na sequência.

Família de piloto não divulgou informações de velório e sepultamento. Os parentes alegam que querem se despedir reservadamente.

As despesas de sepultamento de Luciana e Letícia foram pagas por empresa dona do helicóptero. Segundo a advogada Thaís Gianlorenço, que representa a CBA Investimentos, a empresa pagou tudo referente ao traslado, velório e sepultamento nos moldes que a família escolheu.

Raphael já tinha plano que cobria despesas. Ainda de acordo com a defesa da CBA, a empresa também entrou em contato com a família do terceiro passageiro, mas os parentes disseram que não seria necessário nenhum pagamento ou reembolso.

Operação de resgate dos corpos ocorreu via terrestre

Expectativa era que o transporte fosse feito pelos ares. Segundo o capitão Roberto Farina, da Defesa Civil, havia neblina e chuva fraca na região desde o começo do dia de ontem.

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Após o resgate, os corpos foram levados para o IML de São José dos Campos. No local, eles passaram por exames necroscópicos e, depois, foram encaminhados para o IML central, na capital.

O deslocamento do local da queda foi feito por uma trilha criada pelo Corpo de Bombeiros. Em entrevista à GloboNews, a capitã Natália Giovanini, do Comando de Aviação da PM, afirmou que esse caminho foi criado porque não havia visibilidade aérea na região. Mesmo nessa trilha, houve grande dificuldade. "Por causa das chuvas, esse caminho ficou coberto de lama", contou.

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Imagem: Arte/UOL

Quatro ocupantes não sobreviveram à queda

As vítimas são Luciana Rodzewics, 46, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, Raphael Torres, 41, amigo da família, e Cassiano Tete Teodoro, que pilotava o helicóptero. A aeronave e os corpos foram achados na sexta (12).

O helicóptero modelo Robinson R44 desapareceu na véspera do réveillon. A aeronave saiu do aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, com destino a Ilhabela, no litoral, em um bate e volta. De acordo com a PM, o helicóptero decolou às 13h15 e fez o último contato às 15h10.

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A triangulação de sinal de celulares definiu nova abordagem nas buscas. Segundo a PM, em vez de voos rápidos cobrindo uma área maior, as equipes fizeram voos em velocidade e altura menores em uma área delimitada. O raio de busca nos últimos dois dias foi de 12 km.

A região foi separada em cinco áreas, chamadas pelas equipes de "quadrantes". O helicóptero foi encontrado no segundo deles, disse o comandante de aviação da PM, Ronaldo de Oliveira.

Câmeras registram voo e antena captou sinal de celular

Câmeras de monitoramento na rodovia dos Tamoios registraram imagens que poderiam ser do helicóptero na altura do quilômetro 58 — a gravação foi feita às 14h07 de 31 de dezembro. Em nota, a Concessionária Tamoios confirmou na quinta-feira (11) que forneceu vídeos de suas câmeras de monitoramento para a polícia.

Uma antena captou sinais do aparelho celular de um dos passageiros. A região foi a mesma onde outro celular havia sido localizado anteriormente. A SSP não informou de quais passageiros são os sinais.

Os aparelhos dos outros dois passageiros, no entanto, não tiveram sinais de atividade. Isso indicava, segundo a polícia, que estavam desligados.

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