Crime em farmácia: Foragido falou que 'só se entrega morto', diz delegada
A esposa do único foragido suspeito de matar um policial militar e filha do agente após troca de tiros em frente a uma farmácia na zona norte de São Paulo disse à polícia que o homem afirmou que não se entregará às autoridades e que se o "quiserem", "só morto".
O que aconteceu
Informação foi repassada pela esposa de Diogo Damasceno dos Santos às autoridades. A declaração foi divulgada pela delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa), ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.
Crime já está esclarecido pelo DHPP, diz diretora. Segundo Ivalda, o departamento já conseguiu individualizar as ações de cada um dos quatro suspeitos, incluindo um menor de 18 anos, apontados como envolvidos no crime. Os dois presos (Douglas Henrique de Jesus e Erivaldo Aparecido de Lima) e o menor de 18 anos apreendido indicaram que a arma usada no crime seria de Diogo.
Diogo tem mandado de prisão em aberto por latrocínio (roubo seguido de morte). A Polícia Civil fez a solicitação de prisão temporária do homem ao Judiciário, que aceitou o pedido. "É todo o dia, toda a hora, a gente já saturou todos os locais possíveis que ele [Diogo] poderia estar. Por enquanto a gente não encontrou ele morto, nem vivo, mas a gente está procurando", declarou Ivalda.
Douglas era quem estava armado na ação, de acordo com o DHPP. Douglas se entregou à polícia na semana passada e negou o crime ao ser questionado pela imprensa. Erivaldo e o adolescente são os outros que foram flagrados pelas câmeras de segurança que registraram o crime. Ainda de acordo com o departamento, Diogo, que está foragido, era quem estava no carro aguardando o trio para a fuga.
Denúncias podem ser realizadas pelo Disque Denúncia, no número 181. As informações sobre o paradeiro do suspeito também podem ser informadas às autoridades no site Web Denúncia (clique aqui).
A reportagem não encontrou as defesas dos suspeitos para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o crime
Policial estava de folga e em trajes civis. Na manhã de sábado (24), o cabo Anderson de Oliveira Valetin estava no banco do motorista e a filha Alycia Perroni Valentim, de 19 anos, no banco de trás do carro no estacionamento de uma farmácia na Vila Medeiros, quando ocorreu a troca de tiros. A esposa dele estava dentro da farmácia fazendo uma compra.
Três homens encapuzados e usando máscara cirúrgica se aproximam. De dentro do carro, o policial aponta a arma para eles. Dois dos suspeitos fazem um sinal para o policial com as mãos, enquanto um terceiro tenta abrir a porta da farmácia, que estava trancada. Ele se vira para seguir os outros dois, que caminhavam para longe do estabelecimento.
O policial desce do carro com a arma em punho, mas é atingido pelo homem que tentou abrir a porta da farmácia e vestia uma roupa preta. Os criminosos conseguiram fugir.
Valentim e a filha morreram no local, depois de terem recebido atendimento médico. O trio conseguiu fugir e um veículo GM Spin, utilizado por eles, foi localizado pela Polícia Militar, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Pertences de criminosos foram encontrados no carro e coletados para perícia. O caso foi registrado pelo 73º Distrito Policial (Jaçanã).
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