'Operador-chave': por que 'Brahma do PCC' entrou na mira do Tesouro dos EUA

Diego Macedo Gonçalves do Carmo, conhecido como Brahma, teve seus bens bloqueados pelo Tesouro dos EUA. Estima-se que ele seja responsável por movimentar mais de R$ 1 bilhão para o PCC.

O UOL não localizou os advogados de Brahma.

O que aconteceu

Mesmo preso, Brahma continuava dando instruções para movimentar o dinheiro. Ele foi classificado pelos EUA como "operador-chave" para lavagem de dinheiro da facção criminosa.

Brahma foi condenado em 2022 pela Justiça Brasileira, na Operação Sharks, junto com outros três membros da facção criminosa: Wellington Roberto da Cruz, Levi Adriano Felício e João Paulo Tomaz de Souza. Eles foram acusados de movimentar R$ 1,2 bilhão entre janeiro de 2018 e julho de 2019.

Governo dos EUA cita que Brahma foi apontado como um dos envolvidos no assalto a uma agência do Banco do Brasil, em Uberaba (MG), em 2019.

Com uma extensa rede ao redor da América Latina, assim como uma presença global em expansão, o PCC representa uma das mais significativas organizações de tráfico de narcóticos na região. Os EUA permanecerão ao lado do Brasil (...) para conter a capacidade do PCC de operar, incluindo sua habilidade de lavar recursos ilícitos no sistema financeiro global Brian Nelson, subsecretário do Tesouro dos EUA.

Bloqueio de contas é fruto de acordo entre o Tesouro dos EUA e o MP. Parceria viabilizou a aplicação de sanções a integrantes do PCC e a empresas utilizadas pela organização criminosa para lavagem de dinheiro.

A ação faz parte de um esforço de todo o governo para combater a ameaça global representada pelo tráfico de drogas ilícitas para os Estados Unidos, que causa a morte de dezenas de milhares de americanos anualmente, bem como inúmeras overdoses não fatais.
Comunicado de imprensa do Departamento do Tesouro dos EUA

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