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'Situação dramática sem fim', diz vice-governador do RS sobre chuvas

O vice-governador do Rio Grande do Sul afirmou que o estado continua a vivenciar uma situação dramática diante da continuidade de chuva e aumento das áreas inundadas.

O que aconteceu

Ainda mais bairros de Porto Alegre serão inundados, projetou vice-governador. Segundo Gabriel Souza, a projeção de que o nível do Guaíba ultrapasse os 5,5 metros deve tornar a enchente na capital e na Grande Porto Alegre ainda maior do que a da semana passada.

Moradores não devem voltar às residências evacuadas e devem obedecer ordem de retirada. Risco de novas inundações "é muito alto", afirmou Souza em entrevista à GloboNews.

População também deve ficar atenta a deslizamentos de terra. O solo está encharcado em áreas de serra; em Caxias do Sul, a movimentação da terra causou um tremor, informou o vice-governador. Uma ponte cedeu parcialmente na região por causa da força do rio Caí.

Estamos vivendo a continuidade de uma situação dramática sem fim aqui no Rio Grande do Sul. Desde o final de abril, quando começaram essas chuvas torrenciais.
Gabriel Souza, vice-governador do Rio Grande do Sul, à GloboNews

Nível do Guaíba sobe rapidamente

A cota às 8h15 desta segunda-feira (13) era de 4,8 metros, nível 23 centímetros maior do que o do sábado (11), quando a água atingiu a menor altura desde o início das enchentes. Os dados são da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Agência Nacional de Águas (ANA), que apontava 4,7 metros às 5h de hoje.

Projeção da Defesa Civil é de que água ultrapasse os 5,5 metros. Modelos analisados pelo órgão apontam expectativa de elevação de aproximadamente 5,5 a 5,6 metros nos próximos dias, informou nota.

Nível do Guaíba será o maior da história caso previsão da Defesa Civil se concretize. No domingo (5), ápice das cheias no estado, a água chegou a 5,33 metros. Na cheia de 1941, a água bateu 4,75 metros.

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Governador informou que situação no estado vai piorar. Em publicação nas redes sociais no domingo (12), Eduardo Leite (PSDB) renovou o alerta sobre risco de enchentes e apontou que a água atingiria "novos altos níveis".

Máxima deve atingir a cidade entre esta segunda-feira (13) e a terça-feira (14). O motivo da subida do nível da água é o vento sul forte somado às chuvas que atingem a capital desde a sexta-feira (10), informaram especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas.

Chuvas no norte do Rio Grande do Sul também influenciam no nível da água. As áreas das bacias dos rios Taquari, Cai, Sinos e Jacuí, afluentes do Guaíba, também receberam fortes chuvas e ventos de cerca de 50 km/h.

Número de mortos ultrapassa 140

Ao todo, 147 óbitos foram confirmados até a noite do domingo (12). Há 806 feridos e 127 desaparecidos, segundo boletim da Defesa Civil.

Mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas no estado. Mais de 530 mil estão desalojadas e outras 79 mil foram acolhidas em abrigos. Ao todo, 447 dos 497 municípios gaúchos sofreram com o impacto das chuvas.

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