Conteúdo publicado há 2 meses

Falta aplicar e fiscalizar a não ocupação de áreas de risco, diz geólogo

A falta de fiscalização e aplicação das leis do Código Florestal contribui para tragédias ambientais como a que se viu no Rio Grande do Sul, disse o geólogo Elírio Toldo Jr., da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), no UOL News da manhã desta sexta-feira (17).

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, 480 normas do Código Ambiental foram alteradas por Eduardo Leite. Especialistas dizem que essas mudanças abriram brechas para uso de áreas de preservação, como margens de rios, e afrouxaram o controle do poder público sobre atividades com alto potencial de degradação.

Não estamos preparados [para lidar com o que ocorreu no Rio Grande do Sul]. Comento isso em vários níveis de responsabilidade para poder fazer uma gestão adequada e uma prevenção contra essas tragédias, que levaram à morte de mais de uma centena de pessoas, milhares de desabrigados, perdas de ecossistemas e patrimoniais. Não estamos preparados para isso. Entendo que a gestão pública não está preparada adequadamente para lidar com esse cenário.

A natureza das bacias hídricas estão funcionando como sempre funcionaram, não há uma anomalia nesse escoamento da água. Mas coincidiu, então, com o despreparo dos órgãos que compete a gestão desse problema, e coincidiu com essa anomalia climática concentrada nessas duas bacias hídricas.

Para ele, a não aplicação das leis do Código Florestal também contribui para tragédias como a do Rio Grande do Sul.

Na escala dessa tragédia, entendo que um aspecto é relevante: a questão da faixa de não ocupação em torno dessas drenagens. Não existe no país a aplicação da lei do Código Florestal que demarque essa área de não ocupação e que se fiscalize, de fato, que não ocorra ocupação ao longo dessa extensão. O impacto dessa catástrofe tem essa magnitude em função desse problema que considero o número 1.

As margens dos rios desde as nascentes no norte do estado até a desembocadura em Itapoá e que não tem essa conduta do estado de aplicar a lei e fiscalizar para que não ocorre ocupação de uma área de alto risco a inundações. Ainda mais nesse cenário agora catastrófico de um volume descomunal, como a gente está medindo aqui no Guaíba.

Eu só queria destacar esse ponto que, na minha opinião, é o mais relevante: a aplicação da lei do código florestal que já existe. Existe essa lei há anos e não vem sendo implementada como deveria.

Tales: Querem transformar tragédia no RS em guerra entre PT e PSDB

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O colunista Tales Faria afirmou, também no UOL News de hoje (17), que a tragédia que devastou o Rio Grande do Sul pode se tornar pano de fundo para um conflito político entre PT e PSDB no Estado.

A questão política se acirrou no Estado após a nomeação de Paulo Pimenta como ministro extraordinário de reconstrução do RS. Como apurou Tales Faria, a nomeação desagradou o governador Eduardo Leite (PSDB).

Pimenta está um pouco pressionado pelo fato de ter sido indicado e sabendo-se que ele é um pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Ele ainda está sem saber como sair dessa cilada em que ele e o governo se colocaram.

Ele disse que 'estamos em uma guerra'. Tem que tomar cuidado. Há muita gente querendo transformar essa enchente e a solução para elas em uma guerra entre PSDB e PT. Os dois lados deveriam fugir disso. Tales Faria, colunista do UOL

Aécio: Se Datena tiver disposição, é alternativa que não podemos desprezar

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O PSDB não pode desprezar o nome de José Luiz Datena caso o apresentador realmente esteja disposto a disputar a eleição para a Prefeitura de São Paulo, disse o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). O parlamentar negou que o partido tenha sido oportunista e disse que a sigla "está preparada para um plano B" caso Datena desista.

Surgiu o Datena, uma figura popular e que impacta nas pesquisas. Pensando pragmaticamente, ele nos dá um palanque para dizermos o que queremos ao Brasil. Se ele realmente tiver disposição de disputar as eleições embalado em um conteúdo, com quadros do PSDB ao seu lado e falando de futuro, é uma alternativa que sequer temos o direito de desprezar.
Aécio Neves, deputado federal (PSDB-MG)

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

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