Conteúdo publicado há 6 meses

Suspeita de envolvimento na morte de empresário seguirá presa no RJ

A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão temporária de Suyany Breschak, suspeita de envolvimento no homicídio do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, encontrado morto no próprio apartamento, em Engenho Novo, na zona norte do Rio.

O que aconteceu

A mulher de 27 anos disse à Justiça que não foi agredida durante a prisão, ocorrida na quarta-feira (29). Na audiência de custódia, na tarde desta quinta-feira (30), os defensores de Suyany pediram o relaxamento da prisão dela. Já o MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) se manifestou pela manutenção da detenção da mulher. Suyany seria amiga de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que está foragida e é suspeita de matar o namorado, Luiz Marcelo.

A Justiça manteve a prisão temporária (válida por 30 dias) de Suyany pelo crime de homicídio. Na decisão, obtida pelo UOL, o juiz Diego Fernandes Silva Santos apontou que a audiência tinha o objetivo de questionar a custodiada sobre alguma possível irregularidade na prisão e verificar a legalidade do ato prisional.

Magistrado ressaltou que o mandado de prisão contra a mulher está dentro do prazo de validade e não houve ilegalidade na prisão. Santos ainda reforçou que ao juízo, neste momento, não cabe a competência de revisar a decisão que determinou a prisão de Suyany. Os defensores dela poderão recorrer posteriormente.

À Justiça, a Suyany disse que trabalha como "digital influencer" e tem dois filhos, um de 10 e outro de 5 anos. Ela também relatou ter pressão baixa, hérnia, ansiedade e depressão. Por isso, o juiz determinou que ela seja encaminhada para atendimento médico ambulatorial na unidade prisional.

Em depoimento, Suyany disse que Júlia teria matado o namorado com um doce, que seria "brigadeirão", envenenado. Ela ainda relatou que Julia seria garota de programa e tinha uma dívida de R$ 600 mil com ela. A presa ainda contou que teria ajudado a sumir com alguns pertences da vítima. Além dela, um homem que teria comprado bens do empresário foi preso em flagrante por receptação.

O UOL tenta contato com a defesa de Suyany. O espaço segue aberto para manifestação.

Entenda o caso:

Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, é procurada pela polícia por suspeita de envolvimento na morte do namorado. Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia.

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Ele havia sido visto pela última vez no dia 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz e Júlia deixam a piscina e entram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato e ela uma cerveja. Em determinado momento, eles se beijam.

O corpo do empresário foi encontrado no sofá do apartamento. O imóvel fica localizado no Engenho Novo, na zona norte do Rio. Conforme o laudo do Instituto Médico Legal, o homem morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva. As informações são do RJTV, da TV Globo.

A suspeita é de que o empresário tenha sido dopado com medicamentos. Caso é investigado pela 25ª DP (Engenho Novo).

Júlia Andrade Cathermol Pimenta teria permanecido no apartamento da vítima por dias. Para o delegado Marcos Buss, o caso é "aberrante" e evidencia extrema "frieza". "Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima com o cadáver por cerca de três a quatro dias. Lá, ela teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, descido para a academia, se exercitado", disse.

Para a polícia, o crime foi premeditado. "Nos parece que ela já estava dopando ele há algum tempo, e em determinado momento resolveu ceifar a vida dele para poder colocar em prática o plano criminoso e atingir o objetivo que seria pegar os bens dele", acrescentou o delegado.

Uma outra mulher foi presa na quarta-feira (29) por suspeita de envolvimento no crime. Suyane Breschak foi detida em Cabo Frio (RJ) e transferida para a capital. Ela é suspeita de ajudar Júlia a vender alguns bens do empresário.

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O UOL tenta contato com a defesa das duas suspeitas de envolvimento na morte de Luiz Marcelo. O espaço segue aberto para manifestação.

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