Conteúdo publicado há 6 meses

Justiça mantém prisão de homem que matou funcionário de concessionária

A Justiça de Minas Gerais decretou a prisão preventiva do suspeito de matar a tiros um funcionário de uma concessionária de carros em Belo Horizonte.

O que aconteceu

Juíza entendeu que manutenção da prisão de Marcelio Lima de Barros, 57, é necessária para manter ordem pública, para aplicação da lei e assegurar instrução criminal. Em despacho, Herilene de Oliveira Andrade escreveu que a prisão preventiva pode ser decretada nesse caso, já que se trata de crime doloso (com intenção) cuja pena é superior a quatro anos.

Magistrada destacou que crime é grave e causou clamor social. "Como se não bastasse, presentes materialidade e indícios de autoria, vê-se que o delito supostamente praticado pelo réu é grave, pois, ao que tudo indica teria agido por motivo fútil e utilizando-se de recurso que tornou impossível a defesa do ofendido [o vendedor], levando-o a óbito em razão dos disparos da arma de fogo", argumentou.

Defesa de Barros havia pedido que liberdade provisória, com aplicação de medidas cautelares. Já o Ministério Público deu parecer opinando pela conversão da prisão em preventiva.

O UOL entrou em contato com a Defensoria Pública, responsável pela defesa do suspeito, e aguarda retorno. O espaço fica aberto para manifestações.

Atirador confessou crime e disse ter agido por vingança

Barros entrou na concessionária e disparou várias vezes contra a vítima na terça-feira (28). Alexandre dos Santos Queiroz, 65, foi atingido por tiros na cabeça e nas costas e morreu no local. A concessionária fica no bairro Liberdade, na região da Pampulha.

Ele disse ter agido por vingança. O homem afirmou à polícia que, em 2022, levou o carro para um reparo da bomba de água, foi atendido por Queiroz e pagou R$ 3.000 pelo serviço. Uma semana depois, o carro apresentou outro problema e ele retornou à concessionária, quando teria sido tratado "com grosseria e arrogância".

Homem acreditava que vendedor danificou o carro de forma proposital. Ele ainda contou que precisou levar o veículo para outra oficina e gastou mais R$ 2.500 para resolver o problema.

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Concessionária diz que homem nunca foi cliente. "Sobre o autor dos disparos, cujo nome consta nas investigações e no boletim de ocorrência, o mesmo nunca foi cliente da Mila e desconhecemos qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas da empresa".

Atirador contou à polícia que se revoltou porque estava desempregado e, segundo ele, Queiroz era culpado pelo gasto de R$ 5.500. O suspeito fugiu de carro após o crime, mas foi localizado e preso em flagrante pelo crime de homicídio qualificado.

Polícia encontrou pistola com numeração raspada. O homem contou que comprou a arma em um clube de tiro em 2001, por R$ 2.000.

O Grupo Líder, proprietária da Concessionária Mila, lamentou a morte de Alexandre e se solidarizou com a família da vítima. "Cabe ressaltar que o funcionário de longa data da Concessionária, até então, sempre cumpriu com afinco as funções a ele atribuídas".

Funcionários que presenciaram o crime vão colaborar com as investigações. A perícia já esteve no local para os "levantamentos necessários", informou a Polícia Civil.

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