Conteúdo publicado há 4 meses

Caso brigadeirão: TV mostra suspeita de matar empresário escondida em hotel

A psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de envenenar e matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, ficou escondida em um hotel no centro do Rio, conforme imagens obtidas pela TV Globo.

O que aconteceu

Ela teria usado nome falso para dar entrada no estabelecimento. No vídeo, Júlia Pimenta aparece de cabelo preso, blusa cinza e preta e máscara. A emissora diz que, segundo a polícia, ela se identificou como Lília Mara Shinaider na recepção.

Psicóloga teria ficado oito dias no local, durante o período em que esteve foragida. Pagou a conta com o cartão. Ainda de acordo com a emissora, ela deixou o hotel poucas horas antes de se apresentar à polícia.

O UOL entrou em contato com o delegado Marcos Buss, responsável pelas investigações, para confirmar as informações. A reportagem também enviou mensagem para a advogada de defesa, Hortência Menezes. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

Júlia é suspeita de envenenar o namorado com brigadeirão. A psicóloga está presa temporariamente desde a noite de terça-feira (4).

Investigação indica 'conselheira espiritual' como mandante

Segundo a investigação, "conselheira espiritual" orientou a psicóloga a cometer o crime. Suyany Breschak, que se apresenta como cigana, também foi presa na semana passada em Cabo Frio (RJ) por suspeita de ajudar Júlia a vender bens do empresário.

A Polícia Civil agora analisa áudios enviados pela psicóloga por WhatsApp a outro namorado. Objetivo é confirmar se ela havia sido orientada por Suyany para morar na casa de Ormond. Júlia, contudo, não teria dito ao companheiro que se relacionava com a vítima, e teria atribuído a mudança a um trabalho como babá, indicam as investigações.

Suyany relatou em depoimento que recebeu o carro da vítima para abater parte de uma dívida de R$ 600 mil. Ela também deu detalhes sobre a forma como a psicóloga usou o medicamento para envenenar o brigadeirão. A defesa de Suyany negou envolvimento no crime.

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Já trabalhávamos com a suspeita da participação da Suyany como cúmplice. Agora, novos depoimentos e outros detalhes dão indicativos sobre a forma como ela usava a sua influência para controlar os atos de Júlia. A investigação indica Júlia como autora e Suyany como mentora do crime.
Marcos Buss, delegado responsável pela investigação

O que se sabe sobre o caso

Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de matar o namorado, o empresário Luiz Marcelo Ormond
Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de matar o namorado, o empresário Luiz Marcelo Ormond Imagem: Reprodução/Fantástico

Júlia era procurada pela polícia por suspeita de envolvimento na morte do namorado. Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia.

Dois dias após o corpo do empresário ter sido encontrado, Júlia prestou depoimento e foi liberada. O mandado de prisão em seguida, mas a suspeita não havia sido mais localizada e ela permaneceu foragida da Justiça até negociar ontem a sua rendição.

A Polícia Civil investiga se Júlia colocou um medicamento à base de morfina no doce que teria causado a morte do companheiro. Ela teria comprado o remédio duas semanas antes do crime. A suspeita surgiu após depoimento de Suyany Breschak.

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Câmeras registraram vítima em elevador

Luiz havia sido visto pela última vez no dia 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz e Júlia deixam a piscina e entram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato. Ela, uma garrafa de cerveja. Em determinado momento, eles se beijam.

O corpo do empresário foi encontrado no sofá do apartamento. O imóvel fica localizado no Engenho Novo, na zona norte do Rio. Conforme o laudo do Instituto Médico Legal, o homem morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte ainda não foi revelada.

Júlia teria permanecido no apartamento da vítima por dias. "Ela teria permanecido no apartamento da vítima com o cadáver por três ou quatro dias. Lá, teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, descido para a academia, se exercitado", disse o delegado Marcos Buss. Para a polícia, o crime foi premeditado e teria interesse financeiro.

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