Conteúdo publicado há 16 dias

Brigadeirão: Após prisão, suspeita fala com mãe e silencia frente a polícia

A psicóloga Júlia Pimenta, suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond com um brigadeirão envenenado, se entregou à polícia por volta das 23h de ontem no Rio de Janeiro. Na delegacia, conversou com a família, mas optou por não prestar depoimento.

O que aconteceu

Após negociação entre a defesa e a polícia, a psicóloga se entregou no bairro Santa Teresa. Em seguida, entrou em uma viatura e foi levada à 25ª DP (Engenho Novo), onde está presa temporariamente.

Na delegacia, Júlia conversou com a mãe, com o padrasto e com a advogada. Após optar por permanecer em silêncio, foi levada para a carceragem, nos fundos da unidade policial.

Suspeita será transferida ainda hoje para uma prisão da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária). A unidade para onde ela será levada ainda não foi definida pelas autoridades.

'Vai colaborar com investigações'. A advogada da Júlia, Hortência Menezes, disse que a psicóloga "está assustada, mas vai colaborar" com a polícia.

Houve uma negociação com a advogada para que ela se entregasse. Aí, foi indicado um local para que pudéssemos prendê-la. Em princípio, ela quis ficar calada. Gostaríamos de ouvi-la novamente, porque temos pontos importantes a esclarecer sobre a investigação do caso.
Marcos Buss, delegado responsável pela investigação do caso

O que se sabe sobre o caso

Júlia Andrade Cathermol Pimenta, 29, era procurada pela polícia por suspeita de envolvimento na morte do namorado. Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia.

Dois dias após o corpo do empresário ter sido encontrado, Júlia prestou depoimento e foi liberada. O mandado de prisão foi expedido após a oitiva, mas a suspeita não havia sido mais localizada. Um cartaz com a foto da mulher chegou a ser veiculado pelo Disque Denúncia RJ para pedir informações sobre o paradeiro dela.

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A Polícia Civil investiga se Júlia colocou um medicamento à base de morfina no doce que teria causado a morte do companheiro. Ela teria comprado o remédio duas semanas antes do crime. A suspeita surgiu após depoimento de Suyany Breschak, conselheira espiritual de Júlia, presa por suspeita de envolvimento no crime.

Câmeras registraram vítima em elevador

Luiz havia sido visto pela última vez no dia 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz e Júlia deixam a piscina e entram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato. Ela, uma garrafa de cerveja. Em determinado momento, eles se beijam.

O corpo do empresário foi encontrado no sofá do apartamento. O imóvel fica localizado no Engenho Novo, na zona norte do Rio. Conforme o laudo do Instituto Médico Legal, o homem morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte ainda não foi revelada.

Júlia teria permanecido no apartamento da vítima por dias. "Ela teria permanecido no apartamento da vítima com o cadáver por três ou quatro dias. Lá, teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, descido para a academia, se exercitado", disse o delegado Marcos Buss. Para a polícia, o crime foi premeditado e teria interesse financeiro.

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Outra mulher foi presa no dia 29 por suspeita de envolvimento no crime. Suyany Breschak, suspeita de ajudar Júlia a vender alguns bens do empresário, relatou em depoimento que a namorada de Luiz seria garota de programa e tinha uma dívida de R$ 600 mil com ela.

Advogado de Suyany diz que ela tinha apenas interesse financeiro no caso e não na morte do empresário. Ao UOL, o advogado Etevaldo Tedeshi apontou que entrou com pedido para a cliente responder em liberdade e reforçou que ela não tem qualquer envolvimento no crime.

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