Conteúdo publicado há 1 mês

Menina de 15 anos relatou agressões em áudio antes de ser morta na PB

A adolescente de 15 anos morta a tiros relatou as violências do companheiro de 56 anos em um áudio antes de ser morta em Monteiro, na Paraíba.

O que aconteceu

Maria Vitória dos Santos diz na gravação que já foi ameaçada pelo homem. "Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou a minha cabeça, aí tive que dar ponto na UPA, um monte de coisa'', conta a menina.

Ela ainda diz não conseguir denunciá-lo. ''Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele. Assim, né, coragem de fazer mal a ele e para os meus pais, entende?", explica a adolescente.

A Polícia Civil tenta encontrar para quem Maria Vitória enviou o áudio. A gravação passou a circular nas redes sociais, mas ainda não consta no inquérito. ''Tenho procurado diligenciar no sentido de identificar para quem ela enviou o áudio para que a gente possa formalizar esse elemento de convicção", explicou o delegado Savio Siqueira.

Entenda o caso

Disparos teriam sido feitos após discussão entre os dois. O crime ocorreu no domingo (14) na casa do suspeito, localizada no Loteamento Apolônio, no bairro de Bernardino Lemos.

Maria Vitória dos Santos morreu no local. O suspeito, identificado como Gilson Cruz de Oliveira, fugiu após o crime. O caso é tratado como feminicídio.

Suspeito foi preso na segunda-feira (15). Ele foi detido em uma operação conjunta entre as polícias da Paraíba e de Pernambuco na cidade de Brejo da Madre de Deus. O empresário já foi transferido para a Paraíba.

Gilson Cruz ficou em silêncio durante o depoimento. Em entrevista ao UOL, o delegado à frente do caso afirmou que, informalmente, o suspeito teria dito que atirou na adolescente com um revólver. "Discussão foi possivelmente motivada por uma brincadeira feita pela vítima com ele". A arma do crime não foi localizada.

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Maria Vitória e Gilson moravam juntos há quatro meses. O delegado explicou que ainda não há informações sobre há quanto tempo eles se relacionavam. A vítima trabalhava na padaria do suspeito havia alguns anos.

O UOL tenta localizar a defesa do suspeito. O espaço segue aberto para manifestação.

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