Conteúdo publicado há 3 meses

'Perdi a melhor parte de mim', diz mãe de menina morta em queda de avião

A jornalista Adriana Ibba, mãe da menina de três anos que morreu na queda do avião da Voepass, disse que recebeu um áudio da filha pouco antes de decolar em Cascavel.

O que aconteceu

"Eu perdi a melhor parte de mim. A coisa mais bonita", disse Adriana sobre Liz Ibba dos Santos. Declaração foi feita em entrevista ao Fantástico. A criança estava no voo acompanhada do pai, o programador Rafael Fernando dos Santos, 41. Adriana e Rafael não eram mais casados, mas tinham a guarda compartilhada da filha.

Liz passaria o Dia dos Pais em Florianópolis (SC). Ela e o pai fariam uma escala em São Paulo. "Eu levei ela e falei eu vou fazer uma foto sua. E saiu a foto sem sorriso. Ainda brinquei, falei 'sem sorriso, né, filha?'. E aí eu acabei postando isso e coloquei 'esse dia gelado, sem sorriso'", declarou a mãe à reportagem da TV Globo.

A criança chegou a mandar um áudio para a mãe de dentro da aeronave. "Oi mamãe, Já estou no avião. Beijo", disse a menina no áudio. "Ela era maravilhosa, sorridente, sapeca. Ela estava em pleno desenvolvimento", lamentou Adriana.

A mãe lembrou que soube do acidente quando estava no trabalho. Mas só confirmou que se tratava do voo em que a filha e o ex-marido estavam quando a lista dos passageiros foi divulgada pela companhia aérea. "Eu estava chegando para trabalhar e me mandaram o link de que um avião de Cascavel tinha caído. E eu entrei transtornada. Direto para a sala da minha chefe e falei 'é verdade que caiu um avião, essa notícia é de agora, é isso?", recordou.

A dúvida se deu porque, segundo ela, dois voos tinham saído de Cascavel no mesmo horário. "Eu mandei uma mensagem era 13h06 perguntando se chegaram em São Paulo e só deu um risquinho. Mas eu pensei que estava tudo bem, que estavam na aeronave".

Eu acho que eu senti. Mãe sente, né? Eu perdi a melhor parte de mim. A coisa mais bonita. Ela era alegre, abraçava e beijava.
Adriana Ibba

Rafael era servidor do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). Em nota, o MPSC afirmou que o homem começou a trabalhar no órgão como programador de computador, em 2009. Desde então, ele fazia parte da equipe de gerência de sistemas de informação, da COTEC (Coordenadoria de Tecnologia da Informação).

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